Nova plataforma permite que você calcule e compense sua pegada de carbono
Diretor de ativos digitais da Ambipar, João Valente apresentou a novidade no novo episódio do podcast ESG de A a Z
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Publicado em 20 de abril de 2022 às 10h02.
Última atualização em 2 de maio de 2022 às 11h21.
No meio do caminho entre a COP26 e a 27 – marcada para novembro deste ano –, muita gente ainda confunde crédito de carbono com pegada de carbono. Esta última é mais fácil de entender. Corresponde às emissões associadas ao dia a dia de qualquer pessoa, o que inclui qualquer passeio de carro ou viagem de avião.
Logo, não só as empresas são responsáveis pela encrenca ambiental na qual a humanidade se meteu. Já os créditos de carbono se devem à fotossíntese das árvores, que sequestram o CO2 da atmosfera. A grande sacada é utilizar essas pegadas positivas, digamos assim, para compensar as negativas.
Para estimular essa dinâmica compensatória – crucial para diminuir os efeitos da mudança climática em curso –, a Ambipar lançou em dezembro do ano passado uma plataforma que democratiza o mercado de créditos de carbono. É a Ambify, que também ganhou um aplicativo com versões para Android e IOS.
Como compensar as nossas emissões
Voltada para qualquer pessoa, ela se vale da tecnologia blockchain, que confere segurança e transparência às transações. A ferramenta oferece créditos de carbono fragmentados, o que permite, por exemplo, desembolsar alguns centavos para compensar uma refeição.
“Da luta pelo meio ambiente todo mundo precisa participar”, diz João Valente, diretor de ativos digitais da Ambipar e pesquisador de criptoativos e de blockchain há mais de sete anos. “Não tem essa de atmosfera da Europa e atmosfera dos Estados Unidos. A atmosfera é uma só, o planeta é um só. Precisamos nos unir para deixar um mundo melhor para as próximas gerações”.
João Valente é o convidado do novo episódio do ESG de A a Z, um podcast para quem quer mudar o mundo. O principal tema da conversa, claro, foi a Ambify, que convida todo mundo a se engajar na transformação em direção a uma economia mais verde e de baixo carbono.
A plataforma permite descobrir o quanto cada pessoa deve compensar de acordo com seus hábitos cotidianos. Também é possível adquirir créditos para compensar futuramente.
Ao realizar a compra e a compensação, o cliente precisa escolher uma das instituições parceiras da plataforma para destinar 5% do valor desembolsado. Não há nenhum desconto para o cliente, no entanto. A quantia doada sai do caixa da Ambipar.
“Estamos passando por uma era de conscientização global sobre os riscos das mudanças climáticas”, acrescenta Valente. “Os riscos de o planeta como nós conhecemos, com seus animais, plantas e microorganismos deixar de existir são muito grandes. A participação de todos é fundamental”.
Em média, contou ele, um brasileiro emite 7 mil quilos de CO2 por ano. Por mês, são 583,33 quilos; por semana, 134,62 quilos; por dia, 19,18 quilos. “Nossa plataforma permite, com poucos cliques, realizar uma compensação”, explicou.
“Como o código da Ambify está aberto, qualquer corretora de criptoativos pode negociar nossos créditos em suas plataformas”, informa o executivo. “O que antes estava ao alcance de um segmento específico, agora está disponível para todos”.
A multinacional brasileira, que marca presença em 18 países da América do Sul, Europa, África, América do Norte e Antártida, atua de ponta a ponta na gestão ambiental e na valorização de resíduos. Geradora contínua de créditos de carbono, é certificada pela Verra. É a responsável por mais de 70% de toda a certificação global do mercado voluntário de crédito de carbono.
A ideia da Ambify veio da seguinte pergunta: se a Ambipar e seus clientes corporativos não consomem todos os créditos de carbono gerados por ela, por que não disponibilizá-los para todo mundo?
A iniciativa se alinha à agenda ESG da Ambipar. “Envolve o meio ambiente, a preservação de biomas, fauna, flora e toda a vida da forma como conhecemos”, resume o diretor de ativos digitais do grupo. “Esperamos que seja uma fagulha para a mobilização de todos”.