Na COP27, Ambipar promove a economia circular como mecanismo de redução de emissões
Em entrevista para a EXAME, Rafael Tello, diretor de sustentabilidade do Grupo Ambipar, reforça o compromisso da multinacional no combate às mudanças climáticas
Fernanda Bastos
Publicado em 18 de novembro de 2022 às 12h20.
Última atualização em 18 de novembro de 2022 às 12h51.
A Ambipar, empresa que atua com gestão de resíduos, economia circular e atendimento em casos de emergências ambientais, é uma das empresas brasileiras que participam da COP27 , a conferência do clima da ONU. Em entrevista para o time de ESG da EXAME , Rafael Tello, diretor de sustentabilidade do Grupo Ambipar, enfatizou que a presença no evento tem como objetivo reafirmar o compromisso com o combate às mudanças climáticas, principalmente por meio de estratégias para descarbonização.
Segundo Tello, um dos objetivos da multinacional brasileira é auxiliar empresas a se tornarem mais sustentáveis. “Nós trazemos as nossas soluções de economia circular para ajudar as empresas a reduzirem as suas emissões, gerar, compensar e comercializar créditos de carbono. Hoje, estamos pensando nessa estratégia de descarbonização de uma forma muito mais ampla, conectada com as nossas ambições, fazendo ações internas e externas para poder transformar isso em realidade”, afirmou.
Este não é um processo simples. A Ambipar oferece opções e processos operacionais nos âmbitos de energia fotovoltaica, compra de energia limpa e substituição de equipamentos. Na frente de créditos de carbono, o grupo atua com a Biofílica Ambipar Environment, de comercialização de créditos de carbono, e o app Ambify, voltado para conscientização, educação e compensação ambiental.
"Agora a gente quer reforçar nossa mensagem para o mercado, de que trabalhar a economia circular, evitar que resíduos acabem em aterros e dar nova vida para esses resíduos contribui com a redução das emissões. Estamos falando de quase 50% das emissões que precisamos reduzir para atingir as metas do Acordo de Paris”, comenta Tello.
O diretor de sustentabilidade aponta que as repercussões da última Conferência das Partes, COP26, influenciaram nesse posicionamento. A expectativa da companhia é ter mais força para focar na etapa de implementação, e aproveitar as colaborações e iniciativas para estruturar melhores estratégias de descarbonização.
Para o próximo ano, Tello comenta que espera que o mercado tenha metas mais ambiciosas e ações que realmente gerem resultados. “O fundamental será mostrar capacidade de ampliar resultados e a geração de efeitos positivos, porque estamos chegando perto de 2030. As metas net zero estão se aproximando”, disse Tello.
O executivo também ressaltou a importância de um embasamento científico para atuação na redução de emissões, sempre considerando justiça climática. “Se a gente está falando de trazer mais justiça dentro dos países ou entre os países, a gente vai precisar pensar em descarbonização. Vamos precisar pensar em adaptação e o que a gente está precisando é avançar agora. O que eu tenho ouvido muito aqui [na COP27] é a questão de implementação. Nós vamos ter que entender o cenário, os riscos e o que é necessário para agir. Mas essa nossa ação tem que ser de qualidade, embasada em ciência e feita em parceria para ter mais escala”, conclui Tello.
Veja a entrevista abaixo:
Saiba maisCOP-27: Como estão as negociações na metade da conferência do clima?