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Mais opções de financiamento democratizam a energia solar

Estudo mostrou que a demanda por energia elétrica deve triplicar no Brasil até 2050, conforme projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas

Energia solar: pequenos e médios negócios de energia solar também focam na democratização (Sean Gallup/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de dezembro de 2021 às 09h44.

Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 11h06.

A última Tese de Impacto em Energia da Artemisia, lançada em 2018, acertou em cheio nas previsões, até agora. O estudo mostrou que a demanda por e nergia elétrica deve triplicar no Brasil até 2050, conforme projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE).

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"Para atender à demanda futura é preciso considerar ações de expansão da oferta e repensar a eficiência de toda a cadeia, incluindo a avaliação e o incentivo a formas alternativas de gerar e distribuir energia", diz Maure Pessanha, presidente do Conselho da Artemisia, que, a pedido do Estadão, analisou os principais pontos da tese.

Essa expansão deve levar em conta o poder aquisitivo da população, a "pobreza energética" - conceito criado na Inglaterra para definir a incapacidade das pessoas de adquirir os serviços de energia para satisfazer necessidades básicas.

Esse cenário, agravado pela crise hídrica, já levou instituições financeiras a criar linhas de crédito especiais para democratizar o acesso à energia solar, mais barata e limpa. É o caso da Caixa Econômica Federal, que lançou uma linha para financiar projetos fotovoltaicos para pessoas físicas, e do Santander, que criou a linha Giro Sustentável PJ, destinada a projetos sustentáveis em condomínios residenciais.

Facilidades

Nascidos para solucionar as dores desse mercado, pequenos e médios negócios de energia solar também focam na democratização.

"Os financiamentos possibilitam aos clientes de classes mais baixas pagar parcelas com valor semelhante à conta de energia sem o sistema fotovoltaico", diz Artur Bernardo, diretor comercial da Dinâmica Energia Solar, que já financiou mais de 700 projetos, de fazendas solares a instalações de pequeno porte.

A Meu Financiamento Solar, fintech de crédito para energia solar que nasceu do Portal Solar e virou uma joint-venture com o Banco BV, completou um ano em outubro com mais de 40 mil propostas pagas - 70% delas voltadas a instalações residenciais.

A startup cobre 100% do valor em projetos de até R$ 500 mil para pessoas físicas e R$ 3 milhões para jurídicas, oferecendo parcelamento de até 84 vezes e 120 dias para começar a pagar. Entre os clientes que buscam o financiamento, 48% têm renda mensal abaixo de R$ 5 mil, e outros 22% ganham de R$ 5 mil a R$ 10 mil.

Já a plataforma Solfácil, que une soluções de financiamento e marketplace de equipamento solar, acaba de captar R$ 1,28 bilhão para financiar sistemas fotovoltaicos. Os recursos estão sendo usados nas linhas de crédito para pessoas físicas, pequenos comércios e produtores rurais.

Além da atuação financeira, a startup criou um marketplace solar que conecta distribuidores a integradores. A plataforma oferece mais de 1,5 mil kits para instalação, facilitando a cotação e a busca por parte do integrador solar para cada projeto, seja residencial, comercial ou do agronegócio. "Ofertamos uma experiência digital, portfólio de diversas marcas e opções a preços competitivos e pronta entrega", destaca Fabio Carrara, CEO e cofundador da Solfácil.

Com mais de 400 unidades franqueadas e presente em todos os Estados, a Energy Brasil criou um sistema de pagamento que possui maquininha própria e permite que o cliente parcele o kit solar em vários cartões e em até 12 vezes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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