Exame Logo

Itaú irá destinar R$ 400 bilhões em crédito sustentável até 2025

Banco irá oferecer crédito para seis setores de impacto positivo, além do financiamento para compra de carros elétricos e híbridos e painéis solares

Agência do Itaú: banco quer reforçar nova estratégia diante da transformação digital e do aumento da concorrência | Foto: Getty Images (./Getty Images)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 16 de junho de 2021 às 14h36.

Última atualização em 16 de junho de 2021 às 15h44.

O Itaú anunciou hoje, 16, que irá destinar 400 bilhões de reais, até 2025, para o desenvolvimento econômico sustentável. O subsídio vai se dar por meio do apoio a iniciativas de negócio que promovam uma economia sustentável e cada vez mais verde e inclusiva. A decisão vem meses após o Bradesco anunciar um compromisso parecido, com a destinação de 250 bilhões para crédito sustentável e que era, até então, o maior compromisso bancário ESG já feito no país.

Em comunicado divulgado à imprensa, o banco diz que esse montante inclui três grandes frentes de atuação: concessão de crédito em setores de impacto positivo na sociedade, estruturação de operações ESG com clientes - como ESG bonds, ESG loans e debêntures verdes - e produtos ESG para o varejo, como financiamento de carros elétricos e híbridos, painéis solares e microcrédito.

Veja também

Para definir os critérios para os créditos sustentáveis, o banco considerou os conceitos de taxonomia em discussão pela União Europeia, pela Climate Bonds Initiative (CBI) e pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de levar em conta as taxonomias definidas recentemente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). As entidades avaliam, entre outras coisas, a governança de projetos, que vão desde a transição para uma economia de baixo carbono até o bem-estar da sociedade e o apoio de determinados setores às políticas públicas, econômicas, comerciais e governamentais.

Na conta dos 400 bilhões de reais, entra o apoio a seis setores de impacto positivo, por meio de financiamentos e emissões de green bonds. São eles:

De acordo com o Itaú, a grande grande novidade do compromisso está justamente no uso dos green bonds ou sustainability linked bonds, insrumentos financeiros cada vez mais populares entre as grandes empresas. No início deste ano, o banco emitiu 500 milhões de dólares em títulos sustentáveis com o foco em projetos ambientais e sociais. Duas outras grandes captações no meio corporativo são as feitas pelas gigantes de papel e celulose Suzano e Klabin.

O banco BTG Pactual e BV também já fizeram emissões similares, e o Bradesco, no fim do ano passado, levantou 1 bilhão de reais em uma letra financeira verde, com prazo de 30 meses.

“A jornada ESG não é novidade para o Itaú Unibanco, mas entendemos que é preciso avançar nessa agenda. Esse é um movimento que está integrado ao nosso negócio, tanto na forma como o banco opera internamente quanto no incentivo e apoio que damos aos nossos clientes, pessoas físicas e jurídicas, no processo de transição para uma economia mais sustentável”, afirmou, em nota, Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.

Acompanhe tudo sobre:BancosItaúSustentabilidade

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de ESG

Mais na Exame