O Instituto Afya, organização filantrópica da rede de educação médica dedicada ao desenvolvimento de soluções em saúde, lançou um programa ambicioso para enfrentar doenças crônicas não transmissíveis — como hipertensão, diabetes, obesidade e colesterol — responsáveis por quase 400 mil mortes por ano no Brasil.
A iniciativa pretende unir educação médica, tecnologia e articulação local para fortalecer a atenção básica e gerar modelos replicáveis de cuidado para regiões vulneráveis.
A proposta parte de uma premissa: em vez de criar novas estruturas, mapear o que já funciona, fortalecer experiências bem-sucedidas e cocriar soluções com as próprias comunidades.
“Não pretendemos atuar de forma isolada ou começar do zero. Queremos nos unir a quem já está à frente da causa com qualidade e resultados concretos”, disse Gustavo Meirelles, vice-presidente médico da Afya e copresidente do Instituto Afya, à EXAME.
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A primeira ação do programa será em parceria com a Fundação Novartis, organização suíça com atuação global em saúde populacional, para ampliar o CARDIO, metodologia de prevenção cardiovascular presente no Brasil desde 2019 e que já registra resultados expressivos em grandes cidades e municípios de médio porte.
A primeira cidade que abrigará o programa ainda não foi definido, mas prevê incluir uma série de oficinas participativas, testes de campo, capacitação de equipes e definição de indicadores de impacto.
Segundo o instituto Afya, a ideia é transformar o território em um “laboratório vivo”: estudantes e docentes de medicina serão integrados ao trabalho, produzindo dados, testando fluxos e aprendendo diretamente na prática.
Projeto CARDIO já gera frutos no Brasil
Em São Paulo, onde o CARDIO começou em 2019, houve redução de 33% nas internações por AVC em Itaquera e 18% na Penha.
Na Paraíba, o município de Patos triplicou o monitoramento da hipertensão em pouco mais de um ano, passando de 8,3% para 27%.
Hoje, o CARDIO já alcança mais de 40 milhões de pessoas globalmente e está em expansão no Brasil, incluindo Aracaju, Fortaleza, Santarém e São Paulo.
Johannes Boch, diretor de Saúde Populacional da Fundação Novartis, explica o motivo da escalabilidade: “O modelo é bem-sucedido porque é simples, orientado por dados e promove o protagonismo local”. Segundo o executivo, o tamanho do problema exige alianças multissetoriais.
Como o instituto Afya potencializa a metodologia
Além do investimento financeiro, o Instituto Afya entra no projeto com três frentes principais:
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Educação médica – integração de docentes e estudantes da escola de medicina da Afya para transformar o CARDIO também em um ambiente de formação prática e pesquisa aplicada.
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Tecnologia e expertise – uso de ferramentas digitais, metodologias e dados produzidos ao longo dos anos pela rede de ensino.
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Escala de rede – capilaridade nacional, especialmente no Nordeste e Norte, permitindo replicação posterior do modelo.
“A união nos permite formar profissionais mais atentos e qualificados, promover educação em saúde e trabalhar na ponta para transformar a condição cardiovascular de populações vulneráveis”, resume Gustavo.
Um problema de saúde pública em escala global
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) agravam as condições cardiovasculares e representam uma das maiores ameaças à saúde da população global, sendo responsáveis por aproximadamente 50% de todas as mortes em países como o Brasil.
No mundo, a Organização Mundial da Saúde aponta que essas condições causam aproximadamente 18 milhões de óbitos por ano.
Um dos desafios do CARDIO para replicar modelos em larga escala é a escassez de recursos em alguns municípios, visto que necessita manter equipes, infraestrutura e continuidade do cuidado. Neste sentido, o instituto Afya destaca que a estruturação acadêmica e tecnológica pretende enfrentar parte dessas limitações.
A aposta em escala e expansão
Desde sua fundação, a Afya é alinhada ao ODS 3 (Saúde e Bem-Estar) e acumula milhões de atendimentos gratuitos, ambulatórios em todo o país e mais de 600 parcerias com UBS, hospitais e prefeituras.
O novo programa pretende dar mais robustez e direção estratégica a esse histórico, especialmente em regiões vulneráveis.
“Nosso objetivo é desenvolver metodologias replicáveis, escaláveis e alinhadas ao SUS, capazes de promover mudanças significativas e duradouras”, afirmou Gustavo.
A longo prazo, o objetivo é construir um modelo nacional de enfrentamento às doenças crônicas, conectando academia, comunidades e políticas públicas.
Mais do que expandir o programa, o instituto Afya quer testar como educação médica e tecnologia podem apoiar a atenção primária no Brasil e suprir um gargalo da saúde pública.
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