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Ibama lança plataforma que usa big data para monitorar áreas degradadas

O órgão passa a contar com a "Recoperar" neste mês de outubro e quer acelerar a recuperação ambiental das áreas sob sua responsabilidade -- apostando em informações de diferentes bases de dados

Entre as áreas de foco, estão aquelas que sofrem com incêndios florestais, desmatamento ou ocupação de sem licença ou autorização. (Gustavo Basso/NurPhoto/Getty Images)
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 9 de outubro de 2024 às 11h18.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 11h20.

Com a meta a recuperação de 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030, o Brasil ainda carece de informações qualificadas para atuar de forma mais assertiva. De 2019 a 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama) acompanhou 323.754 hectares de ecossistemas terrestres sob a atividade de fiscalização, licenciamento ambiental federal e reparação direta ou indireta por danos ambientais.

A partir deste mês de outubro, o órgão irá contar com uma nova plataforma para ajudar nesta missão: a plataforma "Recoperar", lançada nesta quinta-feira (10), usa Big Data para reunir informações e análises de diferentes bases de dados sobre áreas ambientais degradadas passíveis de recuperação.

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Desenvolvida em conjunto com a Codex, empresa de governança de dados para gestão climática e ambiental, a ferramenta nasce para acelerar a restauração destes ecossistemas que estão sob responsabilidade do instituto e  integrar uma das estratégias de implementação da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa.

Entre as áreas de foco, estão aquelas que sofrem com incêndios florestais, desmatamento ou ocupação de sem licença ou autorização. Raquel Lacerda, coordenadora de Recuperação Ambiental do Ibama, explica que a plataforma irá substituir o Cadastro Simplificado de Vetores doIbama(CASV) e permitirá mais informações qualificadas, com a subdivisão dos locais de acordo com suas especificidades, assim como a análise da situação geoespacial -- filtrando pela presença em terras indígenas e quilombolas e unidades de conservação, por exemplo.

Para isso, também integra dados da Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (Pamgia), coordenada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima).

Venícios dos Santos, diretor de Negócios da Codex, disse em nota que o processo de desenvolvimento da Recoperar teve como base a aplicação da mais atualizadas tecnologias da ESRI para plataformas web personalizadas.

"Foi um trabalho cuidadoso de governança de dados orientado a partir do objetivo de modernizar a gestão das áreas de recuperação por parte do Ibama, bem como de permitir a criação das políticas públicas ambientais orientadas a dados”, destacou.

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