ESG

Fome, diversidade e sustentabilidade; Arezzo&Co abordou impacto social em meio aos desfiles de moda

Em meio aos desfiles com celebridades, Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co, e Rony Meisler, CEO da Reserva, receberam convidados para falar de impacto social

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Foto: Gustavo Scatena/ FOTOSITE (Arezzo&Co/Divulgação)

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Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 18 de agosto de 2022 às 12h53.

Última atualização em 18 de agosto de 2022 às 15h41.

A Bienal do Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi tomada nesta quarta-feira, 17, por pessoas com roupas da moda, ansiosas para acompanhar as novidades das marcas do grupo Arezzo&Co e ver de perto celebridades como Bruna Marquezine e Fernanda Lima. Neste tradicional cenário de eventos de moda, um painel mediado pela jornalista Lilian Pacce e a empreendedora Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, abordou temas necessários de serem refletidos no setor.

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No painel sustentabilidade, diversidade e inclusão, do evento Arezzo&Co Pulsar, Alexandre Birman, CEO da companhia, e Rony Meisler, CEO da Reserva, debateram a necessidade das companhias se posicionarem contra a fome e a favor da inclusão social.

"Os consumidores reconhecem as empresas que pensam na sociedade, no meio ambiente e mais. Assim, definimos metas de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) atreladas ao bônus variável dos nossos executivos", disse Meisler.

Adriana Barbosa entende a estratégia, e a necessidade de ter um trabalho sistêmico. "As companhias precisam pensar em como incluir a população diversa de uma forma madura, com governança e alinhada à estratégia de negócios. Vimos diversidade racial no desfile anterior, e isto precisa acontecer também nos espaços de ideias e decisões".

Além disso, o tema não deve ser exclusivo das grandes empresas. "A desigualdade brasileira é grande e há oportunidades para que companhias de todos os portes se envolvam na mudança. Por exemplo, uma pequena empresa precisa enxergar na inclusão o valor competitivo que ela gera como fornecedora", afirma Daniela Garcia, CEO da Capitalismo Consciente Brasil.

Já para Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (Cufa), essas decisões não podem ignorar o atual cenário macroeconômico, onde 33 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar. "Não se pode naturalizar coisas absurdar como a fome. Num evento como este, precisamos abordar o tema, ter a diversidade do povo brasileiro, e admitir que as marcas hoje se pautam pelas lideranças das favelas", afirma. Segundo ele, os moradores de favela têm R$ 187 milhões em poder de consumo.

Meisler concordou e lembrou que há anos a Reserva destina cinco pratos de comida para a população em situação de vulnerabilidade a cada peça de roupa vendida. Birman também citou as ações de sustentabilidade do grupo Arezzo&Co. "Temos a ambição de atingir a neutralidade de carbono (net zero) até 2050, sendo que já somos carbono neutro na produção da marca Alme; focamos em economia cirular; criamos um comitê de diversidade e estamos evoluindo, pois não é possível fazer negócios de outra forma".

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