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Firmas britânicas continuam atrasadas na contratação de negros

Apenas 3% dos diretores nomeados para empresas do índice de ações FTSE 350 no ano passado eram negros

As mulheres que não têm experiência em diretoria ainda estão lutando para ser nomeadas conselheiras (Tim Robberts/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 11 de junho de 2021 às 21h42.

Executivos do Reino Unido que se apressaram em prometer que contratariam funcionários mais diversos depois dos protestos do Black Lives Matter no ano passado têm demorado em colocar a promessa em prática em suas próprias salas de reuniões.

Apenas 3% dos diretores nomeados para empresas do índice de ações FTSE 350 no ano passado eram negros, de acordo com relatório da empresa de recrutamento de executivos Heidrick & Struggles. Isso se compara a 3,3% da população do Reino Unido e a mais de uma em cada oito pessoas em Londres.

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“Esperamos ver um foco crescente na adição de diretores de ascendência negra e asiática”, disse o relatório. “Acreditamos ser crucial que os conselhos não troquem uma forma de diversidade por outra e, em vez disso, garantam que haja espaço na sala para todos”.

Os protestos após o assassinato de George Floyd pela polícia no ano passado pressionaram as empresas a incluir mais diretores negros como parte de um enfoque mais amplo nas disparidades raciais na força de trabalho e nos cargos executivos. Não havia presidentes, diretores executivos ou diretores financeiros negros em nenhuma empresa do índice de referência FTSE 100 do Reino Unido no início deste ano, segundo pesquisa publicada pela consultoria Green Park.

Os executivos se saíram melhor em gênero. Mulheres nomeadas representaram 51% dos novos diretores do FTSE 350 no ano passado, em linha com 2019, conforme os desequilíbrios históricos de gênero nos níveis executivos diminuem, disse o relatório da Heidrick & Struggles.

No entanto, as mulheres que não têm experiência em diretoria ainda estão lutando para ser nomeadas conselheiras. A maioria dos nomeados era de executivos aposentados ou que possuiam experiência anterior.

“O mundo mudou muito nos últimos tempos e os conselhos devem mudar junto com ele ou acabarão perdendo no longo prazo”, disse Alice Breeden, sócia da consultoria, em comunicado.

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