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Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2022 às 08h49.
Última atualização em 3 de outubro de 2022 às 09h44.
Nas últimas colunas destacamos que financiamentos sustentáveis podem ser acessíveis a uma ampla gama de empresas, sendo que o instrumento a ser utilizado pela empresa dependerá fundamentalmente das seguintes varáveis:
No âmbito da definição da estrutura da operação e ao longo da execução do processo de captação, a empresa deverá contratar os seguintes prestadores de serviços:
Uma vez definido o time de trabalho, a estruturação da operação passará pelas seguintes etapas:
Etapa em que a viabilidade do framework ESG será confirmada por meio da avaliação das informações prestadas pelo emissor. Tais informações deverão incluir detalhes sobre o projeto a ser financiado ou sobre as bases em relação às quais as métricas ESG serão aplicadas. A avaliação positiva dessas informações possibilitará a emissão da second party opinion. Em outra frente, nesse mesmo estágio, auditores e bancos se concentrarão nas questões operacionais, financeiras e contábeis da empresa. Finalmente, ainda nessa etapa do processo, os advogados deverão verificar a viabilidade legal da operação por meio da análise de todas as questões jurídicas relevantes da empresa, que incluem temas relativos à conformidade societária e regulatória da empresa, mapeamento de contingências e análise de documentos relativos à ausência de elementos que indiquem potencial insolvência do emissor do título.
Embora liderado por partes distintas, cada questão identificada pelos responsáveis é discutida por todo o grupo de trabalho e endereçada de maneira integrada. Na medida em que o emissor tenha condições de se antecipar em relação aos potenciais questionamentos e documentos que nortearão a análise dos assessores, o processo tende a ser ágil e fluído que implicará em ganho significativo em relação ao tempo alocado para a execução da operação o que poderá ser determinante para o sucesso da emissão.
Bancos, assessores legais e emissor definirão a estrutura da operação que dependerá das características operacionais e financeiras da companhia. Nessa etapa, será definido, por exemplo, a natureza do título, se a captação será realizada no exterior ou no mercado local, o público-alvo da operação, a natureza da oferta e se o valor mobiliário a ser utilizado terá incentivos fiscais para o investidor, o que potencializa a chance de uma taxa de captação menor para o emissor. Além disso, serão negociados os documentos da operação que contemplam itens que podem ter repercussões financeiras importantes para o emissor ao longo do período compreendido entre a emissão e o vencimento do valor mobiliário, o qual usualmente é de longo prazo. Questões como:
: etapa liderada pelos bancos que apresentarão a empresa e a operação aos potenciais investidores que, em última análise, definirão a demanda e a taxa da operação - definida pelo processo de coleta de intenções coordenado pelos bancos (bookbuilding). A viabilidade e o volume da operação dependerão de vários fatores dentre os quais:
Importante ressaltar que as etapas acima devem ser executadas dentro de um cronograma estabelecido pelo grupo de trabalho que buscará conciliar duas questões fundamentais: (a) a data em que a empresa precisará dos recursos; com (b) a janela de mercado - período definido entre os trimestres do ano, em que, pela conjunção dos fatores explicados acima, a operação se torna viável. Nesse sentido, é fundamental que a empresa que esteja estudando a emissão de um título verde antecipe questões com os assessores para ter sucesso em relação à boa execução e sucesso da operação.