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Disney pagará US$ 43 milhões para encerrar ação de desigualdade salarial entre homens e mulheres

Ação reuniu 9 mil funcionárias e ex-funcionárias que alegam ter ganhado US$ 150 milhões a menos do que homens ao longo de oito anos

Se o pedido de acordo for aceito, milhares de mulheres receberão a quantia como compensação da disparidade salarial (Gilbert Carrasquillo/Getty Images)

Se o pedido de acordo for aceito, milhares de mulheres receberão a quantia como compensação da disparidade salarial (Gilbert Carrasquillo/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 27 de novembro de 2024 às 14h04.

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Nesta semana, a Disney aceitou um acordo para pagar US$ 43,3 milhões para encerrar uma ação judicial de discriminação salarial por gênero movida por suas funcionárias e ex-funcionárias. As mulheres receberam, ao longo de oito anos, cerca de US$ 150 milhões a menos do que seus colegas homens em cargos equivalentes.

O processo reuniu aproximadamente 9.000 mulheres que trabalham ou trabalharam na Disney em diversas marcas, como os parques temáticos, cruzeiros, estúdios de TV e filmes como a Lucasfilm, a Marvel e o canal ABC.

A ação foi aberta em 2019 por LaRonda Rasmussen, analista financeira da companhia que alega que ao menos seis homens de mesmo cargo recebiam salários muito acima do seu. Segundo apuração da Variety, após a abertura do caso, ela recebeu um aumento de US$ 25.000 anuais, mas que seguia abaixo da média dos seus colegas homens.

Desigualdade salarial

A empresa tentou barrar a ação coletiva, mas uma decisão judicial em dezembro de 2022 permitiu que o caso avançasse. Se o pedido de acordo for aceito, milhares de mulheres receberão a quantia como compensação pela disparidade salarial.

Uma pesquisa encomendada pelas autoras que analisou as remunerações entre abril de 2015 e dezembro de 2022 mostrou que as funcionárias recebiam ao menos 2% abaixo dos homens que ocupavam mesmo cargo.

A Disney garantiu que contratará um economista trabalhista para analisar a igualdade nos salários entre seus funcionários na Califórnia, onde ocorreu o caso. Durante um período de três anos, as diferenças entre as remunerações serão percebidas e corrigidas.

A defesa da Disney argumentou que em 2022, quando passou por uma revisão das suas políticas de remuneração, mostrou que as mulheres recebiam 99,4% do salário dos homens. Para a companhia, o caso não poderia ser considerado uma ação coletiva, já que a quantia dos salários é determinada por gerentes em diferentes divisões da empresa.

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