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Desmatamento na Amazônia e cerrado: Deter apresenta os números sobre o mês de dezembro, nesta sexta-feira, 5 (Mayke Toscano/Secom-MT/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 13h58.
Última atualização em 11 de janeiro de 2024 às 19h15.
No mês de dezembro de 2023, o Deter, levantamento sobre modificações na cobertura florestal amazônica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), identificou 174,92 km² de área desmatada com 7.470 avisos de desmatamento. Os números foram atualizados nesta sexta-feira, 5.
Em comparação com dezembro de 2022, o desmatamento teve uma queda partindo de 229,07 km² para quase 175 km². Porém, levando em consideração o mês de novembro de 2023 (com 201,1 km²) com o mês de dezembro do mesmo ano, o desmatamento se manteve – de certa forma — estável.
Em dezembro de 2023, o estado do Pará liderou a lista de estados com maiores áreas de desmatamento, totalizando 672 km² de áreas desmatadas no local – seguido por Mato Grosso, com 432 km², Amazonas, com 174 km², Rondônia, com 147 km².
Mas, como a incidência de incêndios florestais na Amazônia aumentou durante o ano passado, vale ressaltar a análise de incêndio florestal do Deter. Segundo a instituição, foram mais de 1.430 km² de desmate por incêndio, com Pará novamente liderando a lista dos estados com 1.107 km² e o Amazonas, com 143 km².
Ainda considerando o mês de dezembro como referência, o Deter emitiu 5.033 avisos de desmatamento no cerrado brasileiro, onde foi desmatada uma área agregada de 454,57 km². Em dezembro de 2022, o desmate no cerrado totalizou 220,49 km², ou seja, houve um salto de mais de 40% no desmate da região. Mas se comparado com novembro de 2023, que contou com 571,61 km² de desmate, o desmatamento teve queda, de um mês para o outro.
Em dezembro do ano passado, Tocantins foi o estado que mais desmatou o cerrado, com 132,38 km². Em segundo lugar, a Bahia desmatou 60,97 km² do bioma – seguido do Maranhão, com 53,53 km², Mato Grosso, com 51,33 km² e Minas Gerais com 42,75 km².
Este texto teve como base os dados apresentados no Deter, que é o sistema de monitoramento e alerta de desmatamento e outras alterações da cobertura florestal amazônica, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para apoiar outros dados mapeados e mobilizar e munir o Ibama e demais órgãos.
O Deter funciona para ajudar na fiscalização de detecção de desmatamento da vegetação dentro da Amazônia Legal Brasileira e do bioma do cerrado, sem considerar áreas que foram desmatadas previamente. Vale ressaltar que o Deter se trata de uma estimativa, ou seja, não é um número fechado.
Também existe a taxa consolidada de desmatamento (também conhecida como “taxa anual de desmatamento”) do Prodes, que deve ser apresentada somente no primeiro semestre do ano. Mas, historicamente, há pouca divergência entre as taxas estimadas e consolidadas.