ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Descoberto no México o maior buraco azul do mundo

Segundo artigo científico recém-publicado, os pesquisadores mediram mais de 420 metros de profundidade; é o equivalente a 11 estátuas do Cristo Redentor e 90 metros a mais do que a altura da Torre Eiffel

Estudos: a profundidade do Taam-Ja’, na Baía Chetumal, pode ser ainda maior, dizem os pesquisadores (Reprodução/Joan Alberto Sánchez Sánchez/Divulgação)

Estudos: a profundidade do Taam-Ja’, na Baía Chetumal, pode ser ainda maior, dizem os pesquisadores (Reprodução/Joan Alberto Sánchez Sánchez/Divulgação)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 1 de maio de 2024 às 19h31.

O maior buraco azul do mundo fica no México, mais especificamente na Península Yucatán, próximo ao Sistema Mesoamericano de Barreira de Corais. O Taam-Ja’, na Baía Chetumal, chegou a essa posição mesmo sem que os cientistas tenham conseguido atingir o ponto mais fundo do buraco. Até agora, os pesquisadores mediram mais de 420 metros de profundidade - o equivalente a 11 estátuas do Cristo Redentor empilhadas uma na outra. A Torre Eiffel, por exemplo, tem 330 metros de altura. Já a Estátua da Liberdade tem 93 metros.

A pesquisa foi publicada na revista cientifica Frontiers ins Science, em 29 de abril de 2024. Mas o que são os buracos azuis? São espécies de buracos subaquáticos, parecidos com os buracos em terra. Ainda segundo os cientistas mexicanos, existe a possibilidade de a área ter uma rede oculta subterrânea que interliga a água do Taam-Ja’ a outros corpos d’água, como o Mar do Caribe.

Uma expedição no Taam-Ja’, realizada em setembro de 2021, já havia registrado que a profundidade do local seria de 274,4 metros abaixo do nível do mar, ficando atrás naquele momento do buraco mais profundo, o Sansha Yongle, no mar da China.

Para a medição, foi usado o ecobatímetro. O instrumento calcula a profundidade de áreas marinhas ao enviar uma onda ao fundo do mar e ver o tempo que leva para ela retornar. O método, porém, tem limitações em ambientes marinhos mais complexos, como no caso dos buracos. Na nova pesquisa, os pesquisadores adotaram um perfilador de condutividade, temperatura e profundidade (CTD).

Características

Como detalham os pesquisadores, o Taam-Ja’ tem uma forma quase circular de 13.690 m². Como detalhado no estudo, na boca do buraco, as características da água mudam de forma significativa. Nas camadas de água abaixo dos 400 metros, as condições de temperatura, salinidade e densidade da água voltam a aumentar. Assim, se aproximam do visto na superfície do mar do Caribe, pelos lagos de corais e pela Barreira de Corais Mesoamericana.

As características indicam que exista uma conexão subterrânea entre esses corpos d’água e o buraco. Outra hipótese seria alguma atividade geotermal. Na superfície do buraco o que se vê é uma turbidez, que diminui a uma profundidade de quatro metros. Aí, já é possível ver a borda com mais clareza. As paredes dos primeiros metros do buraco são formadas por rochas sedimentares frágeis e quebradiças. Entre 25 metros e 30 metros as paredes, há uma inclinação firme, mas sem uma cobertura biológica, pois há uma menor penetração da luz.

Acompanhe tudo sobre:infra-cidadãOceanosMéxicoOceanografia

Mais de ESG

Feira Preta lança novo modelo de negócio e mira expansão internacional da economia preta

COP30 no Brasil: 31% das empresas já decidiram participar, revela estudo

Agricultura insustentável e consumo excessivo deixam a natureza em perigo, alerta ONU

Iniciativa do Rock in Rio e The Town destina R$ 2 milhões para a conservação da Amazônia