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COP28: Em vídeo, conversam: Mariana Grilli, repórter de Agro da EXAME, Rodrigo Caetano, editor de ESG da EXAME e Marina Filippe, repórter de ESG da EXAME (Reprodução/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 29 de novembro de 2023 às 08h00.
Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 17h03.
A COP28, encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) de maior repercussão sobre mudanças do clima, reúne representantes dos governos, da sociedade civil e das empresas entre quinta-feira, 30, e domingo, 12. A cada ano, a conferência ganha força. Desta vez, há um recorde de participantes: cerca de 70.000 são esperadas em Dubai.
A EXAME estará presente durante todo a COP28, de olho nas pautas do clima, mas também direitos humanos e outros temas do ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).
São tantos temas importantes que Rodrigo Caetano, editor de ESG da EXAME, convida Marina Filippe, repórter de ESG da EXAME, e Mariana Grilli, repórter de Agro da EXAME, para uma reunião de pauta em vídeo – organizada para que os leitores da EXAME entendam o que será notícia nos próximos dias.
Entre os temas discutidos ao longo do vídeo e apontados como importantes na COP28, estão: o balanço de emissões de carbono, os impactos das decisões ambientais no agronegócio e o papel da justiça climática. Entenda mais sobre os principais temas:
Essa edição do evento é conhecida como a COP do Global Stocktake, uma expressão usada para se referir ao balanço global de emissões de gases de efeito estufa (GEE), em especial, o carbono. Trata-se do grande tema deste ano porque os países serão obrigados a analisar o que foi efetivamente feito e conquistado de maneira prática para reduzir as emissões globais desde o Acordo de Paris.
“São os esforços para conseguirmos conter o aquecimento global, visto que até 2030, estimativas dizem que precisamos ter reduzido 43% das emissões”, afirma Rodrigo Caetano, editor de ESG da EXAME no vídeo. Para o jornalista, essa é a linha central da cobertura da EXAME, considerando que tudo indica que não será possível alcançar as metas previstas no Acordo de Paris e nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
Já para Mariana Grilli, repórter de Agro da EXAME, outro ponto a se considerar é a repercussão das decisões climáticas sobre o agronegócio, principalmente pensando na recuperação de pastagens degradadas. Além disso, o agro é relevante por ser um setor que move a economia brasileira e ser preciso pensar em como as mudanças climáticas impactam as safras, como por exemplo, com a mudança no calendário das chuvas.
Também é preciso pensar no lado social da discussão, afirma Marina Filippe, repórter de ESG da EXAME. Justiça e adaptação climáticas são pontos importantíssimos. Sabe-se que o contingente de US$ 100 bilhões dos países ricos não seriam suficientes para ajudar países em desenvolvimento a se adaptarem às mudanças climáticas, visto que são justamente as nações que mais sofrem as consequências climáticas da grande quantidade de emissões geradas pelos detentores de riquezas. Por esses motivos, é importante considerar – dentro do contexto brasileiro – a preservação de regiões indígenas e quilombolas.
Quer saber tudo sobre a COP28? Acompanhe a página especial da EXAME
Ainda considerando o contexto local, o Brasil pretende sediar, em 2025, a COP30, em Belém. A dimensão do evento torna necessário observar qual será a estrutura disponibilizada. Será preciso observar também o que o governo brasileiro deve mostrar na COP28 sobre os planos para o evento.
A importância brasileira na discussão é inegável: o país é um líder climático com grandes reservas de água doce e área amazônica no seu território. Então, considerando a soberania brasileira, qual será o plano apresentado?
Marina cita que na COP do ano passado, no Egito, muitos representantes da sociedade civil participaram de eventos paralelos à agenda oficial da Conferência. A presença da juventude foi grande, assim como de grupos indígenas e periféricos. Então, há expectativa para saber o que será divulgado durante a COP28.
Rodrigo relembra, durante o vídeo, a parceria da EXAME com o Pacto Global da ONU no Brasil, a frente brasileira da ONU para as empresas. O editor da EXAME ressalta que, ao longo dos últimos anos, as companhias privadas estão cada vez mais inseridas nas discussões sobre o clima e mudanças climáticas.
Nas COPs de Madri e Glasgow, ambas com cobertura in loco da EXAME, muito se falou sobre estratégias. Depois disso, a iniciativa privada passou a participar mais ativamente de discussões como o uso de biometano, a transição energética e outras frentes importantes para a agenda climática, sustentabilidade e negócios.
Marina ressalta que a COP também é relevante por ser um espaço de letramento e educação das companhias que estão no início das suas jornadas sustentáveis. E Mariana relembra a relevância de considerar nas reportagens o fato de que a COP28 será nos Emirados Árabes Unidos, grande produtor de petróleo. “A COP tem suas contradições”, diz Rodrigo. Nos próximos dias, a EXAME mostrará em uma cobertura especial como os debates em torno desses temas avançarão.
Assista o vídeo completo abaixo: