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Como o caroço de açaí substitui o petróleo na Votorantim Cimentos

Votorantim Cimentos é destaque na categoria Construção Civil e Imobiliário no Melhores do ESG 2023

Funcionário da Votorantim Cimentos, empresa destaque no Melhores do ESG, da EXAME (Votorantim Cimentos/Divulgação)

Funcionário da Votorantim Cimentos, empresa destaque no Melhores do ESG, da EXAME (Votorantim Cimentos/Divulgação)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h25.

Última atualização em 13 de junho de 2023 às 11h25.

A Votorantim Cimentos, empresa do setor de construção civil, já tinha compromissos sustentáveis alinhados com o Acordo de Paris, assumidos em 2015 como metas para o ano de 2020. Em novembro de 2020, no entanto, a companhia relançou os compromissos públicos globais — que valem para todas as operações nos 11 países onde está instalada — pensando na Agenda 2030.

“No aspecto ambiental, a grande pauta que norteia as nossas ações é o combate às mudanças climáticas e tudo que afeta a ‘matemática de descarbonização’”, diz Alvaro Lorenz, diretor de sustentabilidade.

Matriz sustentável na produção

Lorenz explica que, na produção, a companhia utiliza uma fonte de calor de mais ou menos 1.450 graus Celsius. “Geralmente, a matriz normal aplicada hoje é proveniente de combustíveis fósseis, e a Votorantim tem várias ações para reduzir o uso desse tipo de material”, observa.

Uma dessas opções é o caroço do açaí, comprado de pequenas cooperativas e agricultura familiar, fortalecendo a economia circular próxima à fábrica de Primavera, no estado do Pará. O material se apresentou como um bom substituto ao petróleo, já que evita a emissão de metano que poderia acontecer por meio do descarte da biomassa.

Segundo o executivo, em 2022 foram utilizadas 109.000 toneladas de caroço de açaí na produção da indústria. Desde 2020, quando a técnica começou a ser utilizada, já foram reaproveitadas 323.000 toneladas de caroços de açaí.

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