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Caminho para a diversidade é difícil, mas gera melhores resultados

Lori Castillo Martinez, vice-presidente executiva da Salesforce, compartilhou um pouco de sua experiência no especial Mês do ESG de Exame

Lori Castillo Martinez, vice-presidente executiva e Chief Equity Officer da Salesforce (Salesforce/Divulgação)
André Barros

Jornalista

Publicado em 21 de junho de 2023 às 15h02.

A diversidade gera melhores negócios. Essa é a conclusão de Lori Castillo Martinez, vice-presidente executiva e Chief Equity Officer da Salesforce, que tem na equidade um de seus valores fundamentais, como afirmou em sua entrevista para o especial Mês do ESG, que Exame vem promovendo durante o mês de junho.

“Trago aqui dados internos: as equipes inclusivas conseguem gerar melhor desempenho. Na área de vendas, por exemplo, os times mais diversos entregam resultados até 12% melhores”, disse a executiva.

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Com uma equipe mais diversa, analisa a vice-presidente da Salesforce, há uma maior identificação entre os clientes, que conseguem enxergar uma conexão com as empresas. Sem falar nos investidores: “É um dos pontos fundamentais do ESG, a igualdade. E são valores que não apenas divulgamos, também fazemos e engajamos”, afirmou.

Na Salesforce desde o ano passado as remunerações dos executivos estão atreladas aos cumprimentos das metas ESG, dentre as quais está a inclusão e a diversidade das equipes. Mas não é uma tarefa simples, segundo Martinez: é preciso prestar atenção para todo o contexto regional, de etnias e religioso na hora de formar suas equipes.

“Existem barreiras para a equidade. Em alguns países, por exemplo, as mulheres dependem das creches para as crianças para conciliar suas carreiras. Em outros a barreira é a falta de transporte seguro, ou o próprio papel da mulher em seu lar. Claro, existem soluções para todos estes problemas que surgem, mas devemos entender que em algumas regiões o cumprimento de metas pode ser um processo mais demorado”, disse.

Ela aconselha aos gestores a buscar, estudar, as histórias de cada região, raça, religião, os costumes, a fim de compreender as necessidades de cada funcionário e não fazer pré-julgamentos.

Dificuldades nas carreiras

Muitos funcionários que vêm de minorias são os primeiros de sua família a conseguir fazer uma faculdade e iniciar uma carreira em grandes empresas. Faltam, portanto, exemplos na família, ou em sua bolha, para seguir ou até mesmo buscar conselhos. Compreendendo isso, a Salesforce criou um programa que tem como objetivo auxiliar os colaboradores.

“Primeiro abrimos um canal para ouvir as demandas. Os negros, latinos, índigenas, dentre outras minorias, reclamavam especialmente não terem acesso aos seus gerentes. E tendo o acesso, como ter uma conversa difícil com o gestor? Como negociar salário, promoções?”.

A Salesforce, portanto, criou uma equipe dedicada a auxiliar a carreira destes colaboradores e ajudá-los a se engajarem mais. “É um investimento que vai continuar”, afirmou a vice-presidente Martinez.

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