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COP28: presidente provocou uma onda de críticas por parte de defensores do meio ambiente (AFP/AFP Photo)
AFP
Publicado em 30 de janeiro de 2023 às 15h43.
Última atualização em 30 de janeiro de 2023 às 17h08.
A luta contra o aquecimento global deve andar de mãos dadas com o crescimento econômico, afirmou nesta segunda-feira, 30, o chefe da companhia petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Ahmed al Jaber, que dirigirá a 28ª conferência do clima da ONU (COP28).
“Devemos limitar o aumento global das temperaturas a 1,5 ºC sem retardar o crescimento econômico”, declarou Al Jaber durante uma cerimônia de graduação da Universidade de Inteligência Artificial Mohamed Bin Zayed.
Al Jaber é diretor-geral da Companhia de Petróleo Nacional de Abu Dhabi (Adnoc) desde 2016 e é o enviado especial para mudanças climáticas dos Emirados Árabes Unidos.
“Precisamos implementar uma transição energética inclusiva que não deixe ninguém para trás, especialmente no Sul global. Precisamos fazer com que nosso planeta seja mais rico e mais saudável ao mesmo tempo”, acrescentou.
Al Jaber também atua como ministro da Indústria dos Emirados e dirige a empresa de energias renováveis Masdar.
Sua designação como presidente da COP28 provocou uma onda de críticas por parte de defensores do meio ambiente, que consideraram que sua nomeação ameaçava a “legitimidade” das negociações internacionais sobre o clima.
Por outro lado, o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, saudou essa nomeação. E o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, pediu nesta segunda apoio aos esforços da presidência da COP28.
A conferência será realizada entre novembro e dezembro de 2023 em Dubai. A última, que ocorreu no Egito em novembro, aprovou um histórico fundo de perdas e danos para os países “particularmente vulneráveis” às mudanças climáticas.
Mas alguns especialistas criticaram o fato de que a conferência não conseguiu reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
Os Emirados Árabes Unidos são um dos maiores produtores mundiais de petróleo e insistem em sua importância para a economia global e o financiamento da transição energética.