O ministro Marcelo Queiroga, Carlos Sanchez, da EMS, e o chanceler Carlos França (Divulgação/Divulgação)
Os ministros Carlos França, das Relações Exteriores, Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Marcelo Queiroga, da Saúde, e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) participaram nesta terça (13), em Brasília, do Fórum: Saúde Brasil, seminário sobre inovação na indústria farmacêutica e políticas públicas para o setor, realizado pela Esfera Brasil. O evento também contou com a presença do líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (PL-TO).
Entre os palestrantes estavam a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Maria Florêncio de Queiroz, os diretores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Meiruze Freitas e Alex Campos, Reginaldo Arcuri, presidente do grupo FarmaBrasil, e renomados profissionais da saúde nos Estados Unidos: Russell Medford, presidente do Centro para Inovação em Saúde Global, e Shelby Kutty, diretor do centro de cardiologia Taussig, do hospital da universidade John Hopkins.
França e Queiroga participaram da mesa de abertura do seminário, ao lado de Carlos Sanchez, presidente do conselho de administração do Grupo NC, detentor da farmacêutica EMS – a mediação foi de Marcello D’Angelo, diretor de relações institucionais da Band em Brasília.
Os ministros falaram sobre a importância de o Brasil passar a produzir IFA (Insumos Farmacêuticos Ativos) para o desenvolvimento e autossuficiência da indústria farmacêutica e geração de renda – atualmente, 95% dos insumos são importados, principalmente da China e da Índia.
“Inovação é aquilo que tem um poder disruptivo. E na área da saúde é o que melhora a vida das pessoas, o que reduz a ocorrência de eventos adversos graves. Quero citar como inovação o investimento na atenção primária à saúde. Foi aí que o nosso SUS fez a diferença no enfrentamento à pandemia de Covid-19”, afirmou Queiroga.
França ressaltou a importância do Brasil como um grande player global e disse que o Itamaraty tem colocado esforços na chamada diplomacia de saúde para que o país consiga ter uma soberania sanitária. Para isso, afirmou, é necessária a realocação das cadeias produtivas de valor.
Carlos Sanchez afirmou que o Brasil está pronto para avançar. “Nós temos um povo que representa o mundo todo, uma classe médica forte, universidades fortes, pesquisadores importantes – muitos deles não achando oportunidades e trabalhando lá fora. Nós precisamos dar esse passo, a indústria está madura para isso.”
Já o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, fez o encerramento do Fórum: Saúde Brasil. Ele falou do potencial que o país tem para assumir posição protagonista na economia mundial nos próximos anos e da contribuição do setor farmacêutico para isso, com milhares de empregos criados. “As portas do meu ministério estarão sempre abertas para representantes do setor”, disse.
O senador Nelsinho Trad, relator do projeto de lei que criou a bula digital, afirmou que as duas palavras-chave para desenvolver a indústria de saúde são “diálogo e cooperação”. “Essa união nos possibilita superar imensos desafios. A pandemia trouxe importantes alertas, entre eles o da necessidade de aperfeiçoamento no campo da gestão e de investimentos em tecnologia.”
O Fórum: Saúde Brasil debateu a precificação da inovação de produtos, a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento na indústria nacional, a jornada da assistência farmacêutica na experiência do consumidor e desenvolvimento produtivo com parcerias e alianças estratégicas.