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Mineração é a chave para o protagonismo do Brasil na revolução energética

País tem o melhor minério de ferro do mundo, insumo básico para o aço verde, e metais como níquel e cobre, essenciais para baterias de veículos elétricos

País pode assumir a dianteira na eletrificação e na descarbonização da economia. (Ricardo Teles/Vale/Divulgação)

País pode assumir a dianteira na eletrificação e na descarbonização da economia. (Ricardo Teles/Vale/Divulgação)

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Publicado em 18 de setembro de 2023 às 06h00.

Por Eduardo Bartolomeo*

O mundo está vivendo uma revolução energética. Fontes renováveis de energia – como solar e eólica –, carros eletrificados e alternativas limpas de combustíveis – como o hidrogênio verde, o etanol e a amônia – são soluções que avançam para, globalmente, reduzirmos as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e, assim, mitigarmos e combatermos as mudanças climáticas.

O Brasil tem um potencial incrível para protagonizar essa transformação. A mineração e a Vale têm muito a contribuir para o desenvolvimento do País e ajudá-lo a assumir a dianteira na eletrificação e na descarbonização de que o mundo tanto precisa. Temos o melhor minério de ferro do mundo, que é um insumo básico para o aço verde, e oferecemos metais como o níquel e o cobre, essenciais para as baterias de veículos elétricos.

Em minério de ferro, nosso principal negócio, desenvolvemos o briquete de minério de ferro, que terá duas plantas de produção em Vitória, no Espírito Santo, com uma delas já em fase de testes. Com esse insumo, será possível reduzir em cerca de 10% as emissões de CO2 da siderurgia, um setor responsável por cerca de 8% das emissões de gás carbônico no mundo.

Estamos também promovendo a criação de complexos industriais no Oriente Médio focados em produtos de baixo carbono, como o hot briquetted iron (HBI), que utiliza gás natural em substituição ao tradicional alto-forno na produção de aço e, com isso, diminui em 60% as emissões de GEEs. A região tem gás natural a preços competitivos e potencial para o hidrogênio verde.

Temos interesse em implantar esses complexos também no Brasil. E um exemplo disso é a parceria que anunciamos com a startup sueca H2 Green Steel, produtora de aço verde que está na vanguarda da inovação na siderurgia mundial, para realizarmos em conjunto estudos para o desenvolvimento, no País, de um hub em que seja possível ter plantas de briquetes de minério de ferro, que servirão de insumo para uma planta de HBIs movida a hidrogênio verde a partir de fontes de energia renováveis. O Brasil tem todas as condições para se transformar em uma potência de hidrogênio verde, e podemos ser a âncora dessa revolução como indutores de desenvolvimento, papel que a Vale tem desempenhado ao longo de seus 81 anos de história.

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Em metais para a transição energética, firmamos uma parceria estratégica, para nossa empresa dedicada ao negócio, com a Manara Minerals e a Engine No. 1. São R$ 50 bilhões previstos para o Brasil na próxima década em projetos de níquel e cobre, gerando aumento de empregos e renda, arrecadação e oportunidades de crescimento, sobretudo no Pará, promovendo o desenvolvimento socioeconômico da região.

Queremos não só fazer parte, mas ser motores da transformação da sociedade e do cuidado genuíno, por meio de nossa relação com as pessoas, com o território e com as agendas ambientais, sociais e culturais.

Transformar a mineração hoje é transformar o amanhã de todos.

*Presidente da Vale

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