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Brasil investiu US$ 34,8 bilhões em transição energética em 2023

Marco legal das eólicas offshore é uma das prioridades do ano para o governo

Estatísticas sobre transição energética contemplam investimento em hidrogênio verde

Estatísticas sobre transição energética contemplam investimento em hidrogênio verde

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Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 06h00.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2024 às 08h52.

O Brasil investiu US$ 34,8 bilhões em transição energética em 2023, o que abrange iniciativas em energia renovável, captura de carbono, hidrogênio verde e veículos elétricos. Os dados são de relatório da BloombergNEF’s Energy Transition Investment Trends 2024, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

De acordo com o documento, a previsão é que o investimento na cadeia de fornecimento de energia limpa atinja US$ 259 bilhões, em números globais, até 2025. No Brasil, a região Nordeste reúne as condições climáticas ideais, pela incidência de sol e ventos fortes, para a geração de energia renovável, que vem de recursos reabastecidos naturalmente.

“O Brasil já é visto como protagonista da transição energética mundial, principalmente no Sul Global. Por isso, os olhos do mundo estão voltados para nós. Seguiremos nessa liderança, promovendo uma transição energética justa e inclusiva. Estamos prevendo mais investimentos nos próximos anos, como, por exemplo, em leilões de novas linhas no Programa Nacional de Hidrogênio, no qual iremos triplicar investimentos entre outras iniciativas que estão sendo desenvolvidas pelo MME”, pontuou o ministro Alexandre Silveira em comunicado divulgado pela pasta.

No fim de janeiro, o MME e a Agência Internacional de Energia (IEA) assinaram um Plano de Trabalho Conjunto para a Aceleração da Transição Energética, que contempla, por exemplo, a produção e intercâmbio de bases de dados sobre o setor de energia e o desenvolvimento de estudos para fortalecer a transição energética. Nesse âmbito, o governo também considera que uma política interministerial é uma estratégia essencial para cumprir as metas de enfrentamento à crise climática.

Energia eólica

Em dezembro, durante a COP28 nos Emirados Árabes Unidos, foi formalizada a adesão brasileira à Aliança Global de Energia Eólica Offshore, grupo que reúne nações da União Europeia, Panamá e o estado da Califórnia (Estados Unidos). Desde a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enfatizado o objetivo de posicionar o Brasil como protagonista na produção de energia renovável.

Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a aprovação do marco legal das eólicas offshore, aprovado pela Câmara dos Deputados no fim do ano passado, é uma das prioridades do governo para este ano. A matéria está no Senado Federal, onde aguarda que seja designado um relator.

O Brasil é líder na transição para uma matriz energética menos poluente. Segundo o MME, há atualmente mais de 26 GW de capacidade instalada, distribuídos em mais de 900 parques eólicos localizados em 12 estados brasileiros. De acordo com especialistas, cada 1 GW é suficiente para abastecer uma cidade com 500 mil residências.

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