Economia

Superministério da Economia terá seis secretarias especiais, diz Guedes

A secretaria da Previdência e Receita Federal será comanda por Marcos Cintra, e a de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais por Marcos Troyjo

Paulo Guedes, em Brasília 27/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
 (Adriano Machado/Reuters)

Paulo Guedes, em Brasília 27/11/2018 REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 13h29.

Última atualização em 29 de novembro de 2018 às 13h32.

Brasília - O superministério da Economia do governo Jair Bolsonaro (PSL) contará com seis secretarias especiais, dentre as quais a de Previdência e Receita Federal, comanda por Marcos Cintra, e de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, a cargo de Marcos Troyjo, afirmou nesta quinta-feira o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

Cintra é PhD em Economia em Harvard, professor da FGV e presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Histórico defensor de um imposto sobre movimentações financeiras como instrumento de ampla simplificação tributária, ele faz parte da equipe de transição e, antes disso, já colaborava comGuedes.

Já Troyjo é graduado em Ciência Política e Economia pela USP, doutor em Sociologia das Relações Internacionais pela USP, diplomata e integrante do Conselho Consultivo do Fórum Econômico Mundial e diretor do BRICLab da Universidade Columbia.

Segundo Guedes, para a área de Comércio Exterior também estão sendo sondados dois egressos de Chicago que trabalhariam como enviados especiais. Um tem histórico de trabalho em negociações com Estados Unidos e Europa, e o outro atuação voltada para China.

O futuro ministro explicou, em conversa com jornalistas no gabinete de transição em Brasília, que outras três secretarias especiais virão no lugar, respectivamente, do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento e do que é hoje o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, cuidando dos assuntos que hoje estão sob a aba dessas pastas.

No caso do MDIC, contudo, a secretaria especial mudará de nome e passará a ser de Competitividade e Produtividade.

Para o comando dessas três secretarias, os nomes ainda não foram definidos, disse Guedes.

A última secretaria especial dentro dessa estrutura do Ministério da Economia já foi anunciada pelo governo e será de Desestatização e Desimobilização, chefiada pelo fundador e presidente do conselho de administração da locadora de veículos Localiza, Salim Mattar. Sua tarefa será de estruturar as privatizações.

Guedes pontuou que, somadas, todas as estatais do país valeriam 802 bilhões de reais, citando cálculos repassados pelo Tesouro Nacional. A venda de todos os imóveis da União também renderia, virtualmente, outros 800 bilhões de reais.

A equipe econômica sabe que não conseguirá se desfazer de todos esses ativos na íntegra, mas trabalhará dentro desse universo de possibilidades.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroMinistério da FazendaPaulo Guedes

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados