Superdilma volta ao Facebook, agora para comemorar emprego
Presidente aparece em página oficial com capa de super heroína para comemorar geração de empregos, apesar do saldo de 2014 ter sido o pior desde 2002
João Pedro Caleiro
Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 16h36.
São Paulo - Depois de surgir há cerca de duas semanas para comemorar a inflação abaixo do teto da meta, a figura da "Superdilma" reapareceu na página oficial de Facebook da presidente.
Uma postagem na tarde deste domingo trouxe novamente a imagem de Dilma na posse com uma capa de super heroína desenhada por cima.
O motivo foi a geração de 5,7 milhões de novos empregos no período entre 2011 e 2014, um crescimento de 11,97% sobre o período anterior.
"O esforço da presidenta Dilma em combater os efeitos da crise mundial e garantir o emprego para o trabalhador brasileiro deu resultado", diz o texto, que ainda compara o número com os 5 milhões gerados no governo FHC entre 1995 e 2002.
A postagem também compara a perda de 62 milhões de vagas ao redor do mundo com os 10,5 milhões gerados em território brasileiro no periodo desde 2008, classificado como "durante a crise".
O foco em um período mais longo não é por acaso. A taxa de desemprego chegou a baixas históricas e é o melhor número econômico do governo Dilma, mas já começou a ser afetada pela paralisia econômica.
O saldo de 2014 foi de 396 mil vagas, o menor da série histórica iniciada em 2002 e bem abaixo da meta do governo de 1,5 milhão. O fechamento de 555 mil vagas só em dezembro foi o pior resultado para o mês desde o auge da crise em 2008.
Indústria e construção civil foram alguns dos mais prejudicados. Para 2015, a previsão é de aumento na taxa, ainda que ligeiro.
Um dos fatores que mantém a taxa baixa é a diminuição da força de trabalho; na medida em que o mercado se mostra menos atrativo, as pessoas desistem de procurar emprego (o que é ruim) e/ou focam em aumentar sua escolarização (o que é bom).
São Paulo - Depois de surgir há cerca de duas semanas para comemorar a inflação abaixo do teto da meta, a figura da "Superdilma" reapareceu na página oficial de Facebook da presidente.
Uma postagem na tarde deste domingo trouxe novamente a imagem de Dilma na posse com uma capa de super heroína desenhada por cima.
O motivo foi a geração de 5,7 milhões de novos empregos no período entre 2011 e 2014, um crescimento de 11,97% sobre o período anterior.
"O esforço da presidenta Dilma em combater os efeitos da crise mundial e garantir o emprego para o trabalhador brasileiro deu resultado", diz o texto, que ainda compara o número com os 5 milhões gerados no governo FHC entre 1995 e 2002.
A postagem também compara a perda de 62 milhões de vagas ao redor do mundo com os 10,5 milhões gerados em território brasileiro no periodo desde 2008, classificado como "durante a crise".
O foco em um período mais longo não é por acaso. A taxa de desemprego chegou a baixas históricas e é o melhor número econômico do governo Dilma, mas já começou a ser afetada pela paralisia econômica.
O saldo de 2014 foi de 396 mil vagas, o menor da série histórica iniciada em 2002 e bem abaixo da meta do governo de 1,5 milhão. O fechamento de 555 mil vagas só em dezembro foi o pior resultado para o mês desde o auge da crise em 2008.
Indústria e construção civil foram alguns dos mais prejudicados. Para 2015, a previsão é de aumento na taxa, ainda que ligeiro.
Um dos fatores que mantém a taxa baixa é a diminuição da força de trabalho; na medida em que o mercado se mostra menos atrativo, as pessoas desistem de procurar emprego (o que é ruim) e/ou focam em aumentar sua escolarização (o que é bom).