Economia

Stephanes: produção manterá crescimento de 4% ao ano

Brasília - A produção brasileira de alimentos deve manter o ritmo de crescimento médio de 4% ao ano nos próximos 10 anos, segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. "Nada indica que esse crescimento não vai continuar nos próximos dez anos no mesmo nível", considerou. Para ele, a taxa pode ser considerada positiva, já que […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - A produção brasileira de alimentos deve manter o ritmo de crescimento médio de 4% ao ano nos próximos 10 anos, segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. "Nada indica que esse crescimento não vai continuar nos próximos dez anos no mesmo nível", considerou. Para ele, a taxa pode ser considerada positiva, já que a perspectiva é de que a economia internacional não crescerá a patamares que chegam sequer à metade dessa projeção para a agricultura.

Assim, segundo Stephanes, quem ditará a capacidade de produção brasileira será o mercado externo, ainda que esteja previsto o aumento da demanda interna. Para ele, 75% desse crescimento estará baseado no aumento da produtividade, enquanto os demais 25% devem ser provenientes da incorporação de novas áreas. "Em primeiro lugar, teremos a recuperação de áreas degradadas e a utilização de áreas de pastagens", citou.

O ministro disse também que é preciso melhorar o manejo da pecuária. "A pecuária caminha cada vez mais para uma produção intensiva ou semi-intensiva. Em consequência disso, haverá liberação de grande quantidade de terras", salientou. Ele acrescentou que espera crescimento das áreas utilizadas para a produção agrícola na região do Matopiba (área formada por parte dos Estados de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia).

Centro-Oeste

A região Centro-Oeste deve ser a que apresentará maior crescimento da atividade agrícola nos próximos 10 anos, segundo perspectiva do Ministério da Agricultura. "A região tem espaço suficiente, água suficiente em determinados períodos do ano e condições de armazenagem dessa água", pontuou Stephanes. "É provável que o Centro-Oeste caminhe cada vez mais nesta direção à medida que se tenha mercado e preço para estes produtos", acrescentou.

O ministro mostrou-se confiante em relação à melhoria dos preços dos produtos agrícolas no futuro. Segundo ele, há várias razões para acreditar nessa possibilidade, como o fato de 1 bilhão de pessoas no mundo ainda viverem em estado de pobreza e que devem entrar no mercado de consumo nos próximos anos. "Deve haver também o aumento da renda das pessoas com consequente elevação do consumo de proteínas mais nobres", disse.

Stephanes citou também a perspectiva de crescimento da população mundial bem como o envelhecimento da população. "E os estoques mundiais são relativamente pequenos. O mundo não está pensando ainda em segurança alimentar", considerou.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosCommoditiesGovernoTrigo

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos