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SFN continua sólido e bem capitalizado, diz Tombini

Tombini ressaltou que o BC não somente concluiu um processo de acumulação de reservas, como atuou para a preservação desse mecanismo

Alexandre Tombini: "A solidez do Sistema Financeiro Nacional representa importante fundamento da economia brasileira, especialmente neste momento" (REUTERS/Guadalupe Pardo)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 16h59.

Brasília - O ex-presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini , afirmou nesta segunda-feira, 13, que, apesar das dificuldades econômicas, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) continua sólido, capitalizado, líquido e pouco dependente de recursos externos.

"A solidez do Sistema Financeiro Nacional representa importante fundamento da economia brasileira, especialmente neste momento", disse.

Ao fazer um balanço sobre sua gestão à frente da autoridade monetária, Tombini disse que foram promovidas medidas de saneamento e, quando necessário, intervenções e liquidações "sem colocar em risco estabilidade financeira".

Tombini ressaltou que o BC não somente concluiu um processo de acumulação de reservas, como atuou para a preservação desse mecanismo.

Segundo ele, o BC agiu para manter a funcionalidade do mercado, de forma que não houvesse volatilidade excessiva. "Agimos em momentos de mais volatilidade, mas nunca afrontamos o câmbio flutuante", disse.

Forças 'inflacionárias'

Alexandre Tombini classificou a condução da política fiscal do governo da presidente afastada Dilma Rousseff como uma da forças "inflacionárias" que teve que enfrentar durante sua gestão à frente do Banco Central.

Tombini faz neste momento um balanço de seu mandato como presidente do BC, durante cerimônia de posse do 26º novo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, em Brasília.

Tombini agradeceu à diretoria do BC por permitir que tomasse decisões que classificou como "muitas vezes críticas e complexas" na sua gestão, que foi de janeiro de 2011 a junho deste ano.

Ao falar da política fiscal, Tombini a classificou como expansionista desde 2012, o que fez com que aumentasse o prêmio de risco do País.

O ex-presidente do BC também citou como pressões inflacionárias que precisou lidar nesse período a política de recuperação salarial dos funcionários públicos; a redução da desigualdade social, que proporcionou melhorias do bem estar da população mas levou ao aumento da inflação, principalmente de serviços e alimentos; a complexidade do cenário internacional, principalmente após a crise de 2008/2009; a depreciação do real frente ao dólar; e o controle dos preços administrados e depois o seguinte reajuste intenso.

Mesmo com todas essas pressões, lembrou Tombini, a inflação só ultrapassou a meta de inflação estipulada pelo governo em 2015.

"A manutenção da inflação nos primeiros quatro anos só foi possível graças à política monetária determinada e tempestiva (do BC)", discursou.

Segundo ele, com a política fiscal em terreno expansionista, coube exclusivamente à política monetária o enfrentamento da inflação.

Tombini disse que o sucessor encontrará um cenário de inflação em tendência de queda, graças aos efeitos defasados e acumulados da política monetária, que começam, segundo ele, a impactar a formação de preços e as expectativas.

Mesmo assim, considera ainda "desafiador" o balanço de risco para o controle da inflação por causa da presente indexação da economia e de incertezas em relação aos resultados fiscais.

"Não tenho dúvida de que o Banco Central adotará as medidas para o cumprimento dos objetivos do sistemas de meta de inflação", afirmou.

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Brasília - O ex-presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini , afirmou nesta segunda-feira, 13, que, apesar das dificuldades econômicas, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) continua sólido, capitalizado, líquido e pouco dependente de recursos externos.

"A solidez do Sistema Financeiro Nacional representa importante fundamento da economia brasileira, especialmente neste momento", disse.

Ao fazer um balanço sobre sua gestão à frente da autoridade monetária, Tombini disse que foram promovidas medidas de saneamento e, quando necessário, intervenções e liquidações "sem colocar em risco estabilidade financeira".

Tombini ressaltou que o BC não somente concluiu um processo de acumulação de reservas, como atuou para a preservação desse mecanismo.

Segundo ele, o BC agiu para manter a funcionalidade do mercado, de forma que não houvesse volatilidade excessiva. "Agimos em momentos de mais volatilidade, mas nunca afrontamos o câmbio flutuante", disse.

Forças 'inflacionárias'

Alexandre Tombini classificou a condução da política fiscal do governo da presidente afastada Dilma Rousseff como uma da forças "inflacionárias" que teve que enfrentar durante sua gestão à frente do Banco Central.

Tombini faz neste momento um balanço de seu mandato como presidente do BC, durante cerimônia de posse do 26º novo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, em Brasília.

Tombini agradeceu à diretoria do BC por permitir que tomasse decisões que classificou como "muitas vezes críticas e complexas" na sua gestão, que foi de janeiro de 2011 a junho deste ano.

Ao falar da política fiscal, Tombini a classificou como expansionista desde 2012, o que fez com que aumentasse o prêmio de risco do País.

O ex-presidente do BC também citou como pressões inflacionárias que precisou lidar nesse período a política de recuperação salarial dos funcionários públicos; a redução da desigualdade social, que proporcionou melhorias do bem estar da população mas levou ao aumento da inflação, principalmente de serviços e alimentos; a complexidade do cenário internacional, principalmente após a crise de 2008/2009; a depreciação do real frente ao dólar; e o controle dos preços administrados e depois o seguinte reajuste intenso.

Mesmo com todas essas pressões, lembrou Tombini, a inflação só ultrapassou a meta de inflação estipulada pelo governo em 2015.

"A manutenção da inflação nos primeiros quatro anos só foi possível graças à política monetária determinada e tempestiva (do BC)", discursou.

Segundo ele, com a política fiscal em terreno expansionista, coube exclusivamente à política monetária o enfrentamento da inflação.

Tombini disse que o sucessor encontrará um cenário de inflação em tendência de queda, graças aos efeitos defasados e acumulados da política monetária, que começam, segundo ele, a impactar a formação de preços e as expectativas.

Mesmo assim, considera ainda "desafiador" o balanço de risco para o controle da inflação por causa da presente indexação da economia e de incertezas em relação aos resultados fiscais.

"Não tenho dúvida de que o Banco Central adotará as medidas para o cumprimento dos objetivos do sistemas de meta de inflação", afirmou.

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