Economia

Setor público pode fechar ano com primeiro superávit primário desde 2013

Afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante apresentação em evento promovido pela consultoria Eurasia

Ministério da Economia, Paulo Guedes (Washington Costa/ASCOM/ME/Flickr)

Ministério da Economia, Paulo Guedes (Washington Costa/ASCOM/ME/Flickr)

R

Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 21h00.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que o setor público consolidado --que inclui as contas do governo federal, Estados, municípios e estatais-- deve apresentar superávit primário no encerramento deste ano, registrando o primeiro dado positivo desde 2013.

Em apresentação em inglês durante evento promovido pela consultoria Eurasia, o ministro disse que o apoio do governo federal a Estados e municípios provocou substancial melhora nas contas dos governos regionais.

O ministro destacou que o atual mandato do presidente Jair Bolsonaro será encerrado com uma despesa menor do que a observada em seu primeiro ano, em 2019.

Segundo ele, o governo começou com uma despesa de 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, patamar que foi elevado para 26,5% do PIB em 2020, durante a pandemia, e finalmente retornou a 19,5% na projeção para este ano. Em 2022, pela estimativa da pasta, o gasto deve ficar entre 18% e 18,5% do PIB.

Guedes afirmou que mesmo com a expansão de gastos para ampliar programas sociais, a previsão de déficit para 2022 é de 0,5% do PIB.

O ministro ainda afirmou que preferiria pedir por um "waiver" do que revisar o teto de gastos, mas ressaltou que o país é uma democracia e a decisão final foi pela revisão do teto.

Segundo ele, a mudança no teto abre espaço orçamentário e é "politicamente oportunista", mas ponderou que essa margem adicional já foi ocupada por gastos como a compra de vacinas e despesas previdenciárias.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGoverno BolsonaroPaulo Guedes

Mais de Economia

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês

Rui Costa diz que pacote de corte de gastos não vai atingir despesas com saúde e educação