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Sete países têm interesse no projeto do trem-bala

Brasília - Depois de se afastarem das conversas com o governo brasileiro sobre o projeto do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, os italianos voltaram a manifestar hoje interesse no projeto. "Quando a gente nomina os países que têm interesse, isso é baseado no nosso contato diário com os investidores. E […]

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Leonardo Goy

Publicado em 25 de novembro de 2010, 21h42.

Brasília - Depois de se afastarem das conversas com o governo brasileiro sobre o projeto do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, os italianos voltaram a manifestar hoje interesse no projeto. "Quando a gente nomina os países que têm interesse, isso é baseado no nosso contato diário com os investidores. E realmente nós já conversamos com os italianos, mas eles andavam afastados das discussões. Hoje, porém, um representante da embaixada reafirmou o interesse", disse o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo.

A sinalização do funcionário da embaixada aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República, em Brasília, onde ocorreu a cerimônia de lançamento do edital do leilão do trem-bala.

Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, um total de sete países têm interesse no projeto: Coreia do Sul, Japão, França, Alemanha, China, Espanha e agora, novamente, a Itália.

O edital lançado hoje pelo governo contém uma cláusula para o caso de haver empate no leilão. O principal critério para a escolha do vencedor será o de quem oferecer a menor tarifa para os usuários da classe econômica no serviço expresso entre São Paulo e Rio de Janeiro. Mas, caso haja empate no valor da melhor proposta, será vencedor o investidor que comprovar ter mais experiência na operação de trens de alta velocidade.

O diretor-geral da ANTT admite que os japoneses são os que têm hoje o sistema mais antigo. Mas, segundo ele, isso não representa uma vantagem para eles. O ministro Passos ressaltou que as combinações possíveis de empate são inúmeras e podem não necessariamente incluir os japoneses.

Figueiredo afirmou que não poderiam usar a tecnologia como critério de desempate porque isso poderia dirigir a licitação. "Acho saudável que o critério de desempate seja quem tem mais experiência por ser o sistema mais testado. Não é privilégio. É só um critério que faz sentido", disse.

Figueiredo ressaltou que o edital manterá a exigência de algumas estações obrigatórias. São elas: centro do Rio de Janeiro, aeroporto do Galeão, Aparecida do Norte, Guarulhos, centro de São Paulo, aeroporto de Viracopos e centro de Campinas. Os empreendedores terão ainda de construir, em locais a serem escolhidos por eles, uma estação na parte paulista do Vale do Paraíba e outra na metade fluminense do Vale do Paraíba. "O empreendedor terá direito ainda de colocar mais estações e eu acho que haverá outras", disse Figueiredo.

Vale lembrar que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado que o governo flexibilizasse a obrigatoriedade de uma estação em Aparecida do Norte, mas a exigência foi mantida. O governo argumenta que essa estação poderá ficar fechada durante a maior parte dos dias e abrir nos momentos de maior fluxo de romeiros para a cidade onde está localizada a Basílica de Nossa Senhora de Aparecida.

Com relação à polêmica sobre a utilização de uma área do Campo de Marte - aeroporto de aviação geral localizado na zona norte de São Paulo - para a instalação de uma estação do trem-bala, Figueiredo afirmou que o governo já chegou a um entendimento de que é possível fazer a estação sem comprometer a pista de pouso. "Não há conflito entre o trem de alta velocidade e as atuais funções do Campo de Marte", disse.
 

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