Economia

Servidores do INSS são presos por fraudar benefícios no Rio

Uma quadrilha de 11 pessoas é acusada de falsificar documentos para fraudar a Previdência Social no posto de Queimados, na Baixada Fluminense

Acredita-se que o esquema, que ocorria há pelo menos um ano, tenha desviado R$ 200 mil dos cofres públicos (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Acredita-se que o esquema, que ocorria há pelo menos um ano, tenha desviado R$ 200 mil dos cofres públicos (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 14h39.

Rio de Janeiro – Onze pessoas, entre elas seis servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foram presas hoje (4) pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. A quadrilha é acusada de falsificar documentos para fraudar a Previdência Social no posto de Queimados, na Baixada Fluminense.

Segundo o delegado federal Luciano Moreira, despachantes aliciavam trabalhadores e falsificavam documentos como a carteira de trabalho desses beneficiários, para que eles pudessem se aposentar mais cedo e com benefícios mais altos do que o devido.

Em seguida, os documentos falsificados eram entregues aos servidores do INSS, que agilizavam o processo e concediam os benefícios previdenciários fraudulentos. Acredita-se que o esquema, que ocorria há pelo menos um ano, tenha desviado R$ 200 mil dos cofres públicos.

Uma das fraudes era “transformar”, por meio da falsificação da carteira de trabalho, auxiliares de escritório em motoristas para que eles tivessem direito ao aumento do benefício. Moreira citou o caso de um beneficiário que, para ter direito àquela aposentadoria, precisaria ter começado a trabalhar como motorista aos 13 anos de idade.

“Nós comprovamos 16 benefícios fraudados que já foram suspensos, mas nós vamos auditar outros benefícios. A tendência, pelo que notamos nas investigações, é que a gente identifique muitos outros benefícios [fraudados]”, disse o delegado.

O superintendente da Previdência Social no Rio de Janeiro, Manuel Lessa, disse que o INSS contribuiu para as investigações. Segundo ele, será aberto um processo administrativo contra os seis servidores.

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