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Sai Tombini, entra Goldfajn

É o fim de um ciclo e o começo de outro no Banco Central. Alexandre Tombini participa hoje do que deve ser a sua última reunião do Comitê de Política Monetária como presidente do banco. Ilan Goldfajn, indicado pelo governo para substituí-lo, por sua vez, será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos no Senado. Goldfajn […]

ILAN GOLDFAJN E MICHEL TEMER: indicado para a presidência do BC deve ser sabatinado nesta terça-feira / Ueslei Marcelino/Reuters
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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 20h17.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

É o fim de um ciclo e o começo de outro no Banco Central. Alexandre Tombini participa hoje do que deve ser a sua última reunião do Comitê de Política Monetária como presidente do banco. Ilan Goldfajn, indicado pelo governo para substituí-lo, por sua vez, será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos no Senado.

Goldfajn assume um dos cargos mais espinhosos da República com uma missão muito clara – reduzir a taxa de juros, atualmente na casa dos 14,25%. Especialistas estão otimistas. A mediana das estimativas do Boletim Focus é de uma taxa de 12,88% no fim deste ano e de 11,25% no fim de 2017. Antes de ser indicado para a presidência do BC, Goldfajn, então economista-chefe do Banco Itaú, defendeu publicamente a queda da taxa básica de juros ainda este ano.

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Na prática, as coisas podem ser mais complicadas. O economista vai enfrentar uma inflação que ainda resiste em ceder – no acumulado de 12 meses até abril deste ano o IPCA avançou 9,28%. Terá pela frente também uma provável alta dos juros nos Estados Unidos e a desaceleração da economia chinesa, que podem trazer instabilidade no mercado interno.

Mas, diferentemente do que aconteceu com Tombini, Goldfajn deve ter a seu favor um governo com política fiscal e monetária alinhadas. “No governo Dilma, enquanto Tombini subia juros, o governo só aumentava os gastos. Agora, nós temos um governo focado em cortar custos e isso ajuda a estruturar a política monetária”, diz Arnaldo Curvello, diretor da gestora Ativa Wealth Management. Se os juros vão chegar de fato a 11,25% em 2017 é outra história.

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