Economia

Rei Juan Carlos analisa crise com dirigentes de sindicatos

Após o último ajuste de 65 bilhões de euros estipulado pelo governo no dia 13 de julho, Toxo e Méndez acusaram o Executivo de utilizar a seu favor a figura do rei

Rei Juan Carlos: um dirigente disse que os sindicatos iam expressar sua "enorme preocupação" com a situação do país e as políticas de cortes (Carlos Alvarez/Getty Images)

Rei Juan Carlos: um dirigente disse que os sindicatos iam expressar sua "enorme preocupação" com a situação do país e as políticas de cortes (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 14h08.

Madri - O rei Juan Carlos analisou nesta terça-feira a crise econômica que a Espanha atravessa com os líderes dos dois principais sindicatos, Cándido Méndez, da União Geral de Trabalhadores (UGT), e Ignacio Fernández Toxo, das Comissões Operárias (CCOO).

Os dois dirigentes sindicais foram recebidos pelo monarca em sua primeira visita conjunta ao Palácio da Zarzuela.

Toxo e Méndez expuseram ao rei sua visão crítica das últimas medidas de ajuste impulsionadas pelo Governo de Mariano Rajoy, assim como sua análise da crise em uma Espanha em recessão com desemprego de 24,6%.

Após o último ajuste de 65 bilhões de euros estipulado pelo Governo no dia 13 de julho, Toxo e Méndez acusaram o Executivo de utilizar a seu favor a figura do rei, que presidiu naquele dia um Conselho de Ministros de caráter deliberativo, que precedeu ao formal no qual o Gabinete de Rajoy aprovou o novo plano de austeridade.

Méndez disse, pouco antes da reunião, em declarações na "Radio Nacional de Espanha", que os sindicatos iam expressar sua "enorme preocupação" com a situação do país e as políticas de cortes, que acreditam que estão agravando mais a recessão e provocam mais queda de emprego.

Méndez lembrou que a reunião foi uma iniciativa do rei.

O líder da UGT considera que as políticas de ajuste, que começaram em maio de 2010 com o anterior Governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, estão levando a situação a extremos "intoleráveis e inadmissíveis" e são um "fracasso total". 

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