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Pubs britânicos levam sua crise ao Parlamento

Desde 2008, o governo britânico sobe anualmente as taxas sobre as bebidas alcoólicas em 2% acima da inflação

Garçonete carrega canecas de cerveja: parlamentares dos dois principais partidos, tanto conservadores como trabalhistas, criticaram a política do governo (REUTERS/Michael Dalder)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 17h36.

Londres - A crise dos pubs britânicos chegou nesta quinta-feira ao Parlamento do Reino Unido, onde foram debatidos os efeitos que os aumentos dos impostos sobre a cerveja tiveram no país.

A média de pubs que fecham por semana no Reino Unido é de 18. Desde 2008, o governo britânico sobe anualmente as taxas sobre as bebidas alcoólicas em 2% acima da inflação, o que segundo organizações em defesa da cerveja aumentou o preço desta bebida em 40% e está causando o desaparecimento de milhares de estabelecimentos.

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Segundo dados de um estudo publicado pela associação Camra, o aumento das taxas sobre o álcool e os baixos preços da cerveja nos supermercados levaram a uma queda de 16% das vendas e o fechamento de até 5.800 pubs.

Esta organização levou hoje esta questão para a Câmara dos Comuns do Parlamento britânico, onde apresentaram 104.000 assinaturas de apoio ao fim da política de aumento de impostos, que segundo a Camra está prejudicando a indústria cervejaria e a hotelaria.

Parlamentares dos dois principais partidos, tanto conservadores como trabalhistas, criticaram a política do governo.

"Acabar com esta alta salvaria milhares de trabalhos em um ano e deteria o fechamento de centenas de pubs do país. É uma grande oportunidade para dar equilíbrio e justiça ao nosso sistema tributário e apoiar o setor cervejeiro", disse o conservador Andrew Griffiths.

No entanto, o secretário de Economia britânico, Sajid Javid, insistiu que os cofres do país não podem prescindir dos 35 milhões de libras (cerca de R$ 114 milhões) arrecadados com a taxa.

Ao fim do debate, o Parlamento votou pela aprovação da continuação da medida, impulsionada pelo Executivo trabalhista em 2008 para reduzir o consumo de bebidas alcoólicas no país e que o governo do primeiro-ministro David Cameron decidiu prolongar até 2014.

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