Economia

Próximos meses serão decisivos para setor energético

O evento é visto como a etapa inicial de uma trajetória semelhante ao avanço da energia eólica no Brasil


	Energia solar: os próximos meses serão decisivos
 (Yuzuru Yoshikawa/Bloomberg/Bloomberg)

Energia solar: os próximos meses serão decisivos (Yuzuru Yoshikawa/Bloomberg/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 10h30.

São Paulo - O leilão de energia de reserva agendado para outubro, quando deve ser anunciado o primeiro grande projeto solar do País, é visto como a etapa inicial de uma trajetória semelhante ao avanço da energia eólica no Brasil - que teve de superar uma série de barreiras até se tornar competitiva.

"Daqui a dez anos estaremos falando em energia solar competitiva como a energia eólica", diz o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos de Oliveira Mello.

Para que isso se confirme, os próximos meses serão decisivos. Estão em discussão condições de financiamento, atração de investimento estrangeiro e taxa de rentabilidade dos projetos.

Nesta semana, está previsto um encontro entre líderes do setor energético e o BNDES. "Há mobilização por parte dos fornecedores. Os principais players já estão vindo para o Brasil. Mas a decisão de investimento depende de um sinal político forte e da sinalização clara de que haverá leilões no médio e longo prazos", diz a sócia da área de infraestrutura do Machado Meyer Advogados, Ana Karina Esteves de Souza.

A falta de clareza sobre o cronograma de leilões é de fato uma preocupação. Movimento liberado pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica e pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia propõe que sejam realizados quatro leilões de energia de reserva em quatro anos.

A Eletrosul é uma das empresas que já demonstraram interesse em participar de leilões de energia solar em um futuro próximo. A lista conta, também, com a Renova Energia, além da italiana Enel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EletricidadeLeilões

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto