Após registrar queda de 1,3% em junho, a produção industrial demonstra modesta recuperação e registra, pelo segundo mês consecutivo leve alta. Em agosto, o índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 0,7%, depois de crescer 0,6% em julho.

Para a consultoria UpTrend, a "melhora do desempenho da produção industrial ocorre em virtude da expectativa de aumento da demanda interna, impulsionada pela continuidade do afrouxamento monetário ao longo do primeiro semestre de 2006 e dos aumentos dos gastos do governo, proporcionando maior volume de recursos em circulação no país". Dos 23 setores analisados, 15 melhoraram a produção. Segundo o IBGE, o resultado do mês retrasado decorreu, principalmente, do setor de equipamentos de transporte, que cresceu  11%. Já as indústrias farmacêutica, de metalurgia básica e de alimentos reduziram a produção em 5,3%, 2,8% e 1,9%, respectivamente.

Assim, a fabricação de bens de capital subiu 2,8%, seguida pelo setor de bens de consumo duráveis, que reverteu três quedas consecutivas e aumentou em 1,6% sua produção. Somente o setor de bens semi e não duráveis registrou retração, caindo 0,9% de junho para julho, na terceira queda consecutiva no ano.

Acumulados

No ano, a produção industrial apresenta crescimento de 2,8%, com aumento em 20 setores analisados. A fabricação de máquinas para escritório e equipamentos para informática - principalmente computadores e monitores - foi a que mais expandiu entre janeiro e agosto, 54,5%. A indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos também registra forte crescimento, de 13,9% no ano.

Em 2006, os bens de consumo duráveis tiveram aumento de 6,4% na fabricação, enquanto nos de capital, o crescimento foi de 5,8% e, nos de consumo semi e não duráveis, 2,6%.

Nos últimos 12 meses, terminados em agosto, a expansão da produção industrial ficou em 2,2%.