Economia

Produção agrícola mundial crescerá em ritmo mais lento

A análise está no estudo Perspectivas Agrícolas 2013-2022 da OCDE e da FAO, divulgado hoje (6), na China


	Caminhão transporta grãos de soja: em relação aos países em desenvolvimento, as perspectivas são de aumento de consumo em decorrência do crescimento demográfico.
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Caminhão transporta grãos de soja: em relação aos países em desenvolvimento, as perspectivas são de aumento de consumo em decorrência do crescimento demográfico. (REUTERS/Paulo Whitaker)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 13h10.

Brasília – A produção agrícola mundial crescerá aproximadamente 1,5% na próxima década. A estimativa, portanto, é de crescimento mais lento do que o registrado no período de 2003 a 2012, de 2,1%. A redução no ritmo de crescimento é causada por uma série de fatores, como a diminuição das terras agrícolas, a escassez dos recursos investidos na produção e o aumento da pressão sobre as áreas de preservação ambiental no mundo.

A análise está no estudo Perspectivas Agrícolas 2013-2022 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado hoje (6), na China.

De acordo com o estudo, a previsão é de que os preços dos produtos agrícolas e de origem animal se mantenham acima da média histórica, a médio prazo, em decorrência da combinação do aumento mais lento da produção e da demanda maior, incluindo biocombustíveis.

Em relação aos países em desenvolvimento, as perspectivas são de aumento de consumo em decorrência do crescimento demográfico, de mais recursos em circulação e da urbanização, além das mudanças na dieta alimentar.

O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, prefere manter o otimismo em relação à próxima década. “As perspectivas para a agricultura mundial são relativamente brilhantes com uma forte demanda, o comércio em expansão e preços elevados. Mas o panorama pressupõe que a recuperação econômica continue”, disse Gurría.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, ressaltou que é fundamental pensar na segurança alimentar das pessoas. “Os preços elevados dos alimentos são um incentivo para incrementar a produção e temos de fazer o possível para assegurar que os agricultores pobres se beneficiem com eles. Não devemos esquecer que 70% das pessoas sofrem com a insegurança alimentar e vivem, em geral, em áreas rurais de países em desenvolvimento e que muitas são agricultores em pequena escala”, disse.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaCommoditiesTrigo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor