PMI de serviços do Brasil atinge estabilidade em janeiro
IHS Markit informou que o PMI de serviços brasileiro subiu a 50 em janeiro de 47,4 em dezembro, atingindo a marca que separa crescimento de contração
Reuters
Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 10h16.
São Paulo - A atividade do setor de serviços no Brasil se estabilizou em janeiro com o aumento na quantidade de novos trabalhos, levando o otimismo entre as empresas ao melhor patamar em quatro meses de acordo com a pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.
O IHS Markit informou que o PMI de serviços brasileiro subiu a 50 em janeiro de 47,4 em dezembro, atingindo a marca que separa crescimento de contração e indicando ausência de mudança na produção.
As empresas que registraram expansão da atividade citaram novas ofertas e uma base maior de clientes, enquanto as que tiveram contração mencionaram competição acirrada e cenário econômico acirrado.
A demanda mais forte levou ao aumento no volume de novos negócios no início de 2018 em quatro das cinco categorias monitoradas, sendo Transportes e Armazenamento a exceção.
Para os próximos 12 meses, os empresários continuaram projetando níveis mais elevados de atividade, com o otimismo impulsionado por planos de reestruturação, expectativa de ambiente econômico melhor e projetos em fase de preparação.
Ainda assim, algumas empresas reduziram postos de trabalho em janeiro buscando conter as despesas, e o nível de emprego caiu pelo 35º mês seguido segundo a pesquisa.
Os custos dos insumos tiveram alta acentuada no mês, com relatos de gastos maiores com combustíveis, água e energia.
Após terem deixado os preços de vendas inalterados em dezembro, no primeiro mês do ano as empresas de serviços no país decidiram aumentá-los à taxa mais forte desde maio do ano passado.
Já o PMI sobre a indústria brasileira mostrou que o setor continuou a crescer em janeiro, embora a um ritmo mais fraco, e com isso o PMI Composto do Brasil voltou a território de expansão pela primeira vez desde setembro ao ir à marca de 50,7, de 48,8 em dezembro.
"Os dados indicaram que a economia brasileira se recuperou no início do ano das contrações vistas durante o último trimestre de 2017, A retomada, embora modesta, refletiu uma estabilização na atividade do setor de serviços, bem como um crescimento sustentado na produção industrial", avaliou a economista do IHS Markit Pollyanna de Lima