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PIB: quem é o pai?

A divulgação do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre do ano, que aconteceu ontem, quarta-feira, fez os economistas correrem para suas calculadoras para revisar as projeções seguintes. Ainda sob a administração do governo Dilma, o PIB teve uma retração de 0,3% na comparação com o trimestre anterior, enquanto a projeção de analistas era de uma […]

MICHEL TEMER: o peso de seu governo no PIB deve ser sentido de verdade em 2017 / /Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 05h07.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.

A divulgação do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre do ano, que aconteceu ontem, quarta-feira, fez os economistas correrem para suas calculadoras para revisar as projeções seguintes. Ainda sob a administração do governo Dilma, o PIB teve uma retração de 0,3% na comparação com o trimestre anterior, enquanto a projeção de analistas era de uma queda de 0,8%. A comparação anual é um direto no queixo: menos 5,4%.

Para os meses de abril a junho, as projeções são de uma retração de cerca de 4% na comparação com o mesmo período de 2015. Ou seja, as coisas devem melhorar – ou, pelo menos, parar de piorar com tanta intensidade. Segundo economistas, não foi a então presidente Dilma Rousseff que fez o PIB piorar menos do que o previsto no primeiro trimestre e não será de Michel Temer o mérito de uma retração menor no segundo trimestre.

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“Parece que chegamos ou estamos perto do fundo do poço e com isso o ponto de virada na atividade econômica se aproxima ”, diz Francisco Pessoa, economista da LCA Consultores. A necessidade de aumentar os estoques, o avanço das exportações e uma inflação mais baixa podem ajudar uma pequena retomada na economia até o fim do ano.

O mérito do governo Temer neste momento, é melhorar a confiança do mercado. Em maio, o índice de confiança do consumidor subiu 5,4% e o da indústria teve alta de 2,1% ante abril. “Ainda assim é muito difícil que grande parte do que está parado seja destravado assim tão rápido”, diz José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator. Os efeitos de Temer devem vir estampados mesmo nos números em 2017. Por enquanto, as estimativas vão de estagnação até um crescimento de 2%. É o intervalo Temer.

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