Lojas fechadas nos EUA: economistas em uma pesquisa da Reuters esperavam 5,25 milhões de novas reivindicações na última semana (Andrew Kelly/Reuters)
Reuters
Publicado em 9 de abril de 2020 às 10h10.
Última atualização em 9 de abril de 2020 às 10h23.
O número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego nas últimas três semanas superou 15 milhões, com as novas reivindicações ultrapassando 6 milhões pela segunda semana consecutiva na semana passada, conforme medidas rígidas para controlar o surto de coronavírus suspendem a atividade do país.
O Departamento do Trabalho dos EUA disse que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego da semana encerrada em 4 de abril totalizaram cerca de 6,6 milhões, uma queda ante 6,87 milhões em dado revisado para cima na semana anterior.
Economistas em uma pesquisa da Reuters esperavam 5,25 milhões de novas reivindicações na última semana, com as estimativas chegando a 9,295 milhões.
O relatório de pedidos de auxílio-desemprego desta quinta-feira, os dados mais oportunos sobre a saúde da economia, vai fortalecer as expectativas de economistas de perdas de até 20 milhões de empregos em abril.
O governo informou na sexta-feira passada que a economia fechou 701 mil vagas em março. Essa foi a maior perda de empregos desde a Grande Depressão e encerrou o mais longo boom de trabalho na história dos EUA, que começou no final de 2010.
"Esses números fracos sugerem outra quebra de recorde no relatório de empregos de abril", disse Beth Ann Bovino, economista-chefe da S&P Global Ratings.
"A América está agora em recessão e parece que vai aprofundar, a questão é quanto tempo vai demorar para que os EUA se recuperem."
Com mais de 95% dos norte-americanos respondendo às ordens de permanecerem em casa, os escritórios de emprego continuam a relatar uma quantidade grande de pedidos.
"O mercado de trabalho entrou em um período traumático", disse Gregory Daco, economista-chefe da Oxford Economics. "Projetamos que a taxa de desemprego vai saltar para 14% em abril."