Economia terá termômetro com a divulgação das vendas no varejo
Expectativa é de uma alta de 0,2% em novembro na comparação com o mês de outubro; e para o ano que começou, as expectativas são ainda mais altas
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 06h28.
Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 07h21.
As vendas da última Black Friday ajudaram o varejo a se recuperar das perdas da crise. É isso que economistas esperam confirmar com a divulgação das vendas no varejo em novembro nesta terça-feira.
A expectativa é de uma alta de 0,2% na comparação com o mês de outubro. Para o ano que começou, as expectativas são ainda mais altas.
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O cenário de juros baixos e avanço da recuperação das vagas de emprego e dos salários reais devem ser o gatilho para a esperada melhora.
O banco Bradesco estima uma alta de 3% nas vendas no varejo neste ano, após uma alta de cerca de 2% em 2017.
Neste cenário, segmentos como de móveis e eletrodomésticos e de materiais de construção devem ter as maiores altas por conta da demanda retraída dos anos anteriores.
Economistas do banco Santander afirmam em relatório que “independentemente do resultado das eleições ou da votação da reforma da Previdência, vemos espaço para crescimento do consumo das famílias em ritmo superior a 5%, acima da inflação, em 2018 ante 2017”.
Segundo estimativas divulgadas ontem, economistas ouvidos pelo Boletim Focus, do Banco Central, preveem um avanço de 2,69% no PIB em 2018, ante previsão anterior de 2,70%.
A previsão de fechamento de 2017 melhorou, de alta de 1% para alta de 1,01%. Se em 2017 setores como o agronegócio puxaram o crescimento, em 2018 o maior peso deve vir do consumo das famílias.
Com isso, o desempenho do varejo tende a ser decisivo para o avanço do PIB e, consequentemente, influenciar no debate econômico e até no jogo eleitoral.
Dado que será divulgado hoje, portanto, tende a ser mais e mais importante para entender para onde caminha o Brasil de 2018.