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Não será fácil superar impactos da Carne Fraca, diz Maggi

"Parou todo o sistema. Até recolocar, fazer com que as coisas voltem a acontecer, é natural (a demora)", disse o ministro da Agricultura

Maggi: o ministro previu que os frigoríficos interditados poderão ser reabertos em duas a três semanas (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2017 às 13h43.

Brasília - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta quarta-feira, 30, que "não será fácil" superar os problemas na cadeia produtiva da carne, que sofreu forte impacto da Operação Carne Fraca , da Polícia Federal. "Parou todo o sistema. Até recolocar, fazer com que as coisas voltem a acontecer, é natural (a demora)."

Ele fez esse comentário ao ser questionado sobre a decisão da JBS de dar férias coletivas em 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos do País e também pelo acúmulo de 300 mil perus para abater em granjas de Mineiros (GO), onde foi interditado um frigorífico da BRF que processa aves.

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"Vamos ter problemas, sim", admitiu. "Não é porque o mercado (externo) reabriu que volta tudo ao normal no dia seguinte", lamentou. É por isso, explicou o ministro, que o governo anunciou na quarta uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para socorrer os produtores. Se, por exemplo, os granjeiros de Mineiros perderem os perus, "o prejuízo é gigante", reconheceu. E esses produtores precisam de apoio financeiro para retomar suas atividades.

O ministro previu que os frigoríficos interditados poderão ser reabertos em duas a três semanas. A Agricultura aguarda os laudos técnicos para certificar-se que não há mais problemas. "Não tem nenhuma ação para retardar", afirmou. "O que queremos é a normalidade do mercado."

O secretário executivo do ministério, Eumar Novacki, disse que a área técnica está levantando dados sobre eventuais impactos da Operação Carne Fraca no mercado interno.

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