Na China, Temer apresenta reformas e interage pouco
Durante reunião do G20, Michel Temer destacou reformas econômicas, citou pessimismo internacional e não interagiu com outros líderes
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2016 às 07h33.
Hangzhou, China - Quatro dias depois do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer fez no domingo, 4, sua estreia no cenário internacional com um discurso no qual exaltou a força das instituições democráticas do Brasil e o histórico de tolerância do país, que nos últimos dias viu protestos contra seu governo.
Em encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo, Temer apresentou sua agenda de reformas e disse que o desafio mais urgente de sua gestão é o ajuste fiscal .
Ecoando a maioria dos integrantes do G20 , o presidente afirmou que o cenário internacional está "repleto de incertezas" que deprimem o crescimento.
Entre elas, Temer mencionou a evolução do preço das commodities, o impacto de políticas monetárias de países desenvolvidos e a volatilidade dos mercados financeiros, além da ameaça do terrorismo.
Os 20 líderes que participam do encontro foram recepcionados pelo presidente chinês, Xi Jinping, que os aguardava em um salão de tapete vermelho decorado com as bandeiras dos países representados no grupo.
Encerrada a fila de cumprimentos, todos se reuniram para a foto oficial. O brasileiro ficou na extrema direita da primeira fila, um pouco isolado dos demais.
Na saída do salão, trocou algumas palavras com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Depois disso, não interagiu com outros líderes na maior parte do trajeto até o local da reunião, apesar de estar acompanhado da tradutora oficial.
Antes da cúpula do G20, Temer participou de reunião dos Brics, ao lado dos líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul. "No Brasil, o caminho do crescimento está sendo reconstruído", afirmou.
Novato no grupo, Temer foi o único mencionado nominalmente pelo anfitrião, Xi Jinping, que cumprimentou o País por realizar a Olimpíada.
As imagens ao lado de chefes de Estado das maiores economias do mundo podem dar impulso ao esforço de Temer de se legitimar perante a opinião pública brasileira.
Nesta segunda-feira, ele teria encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe; da Itália, Matteo Renzi; e da Espanha, Mariano Rajoy.
O presidente chinês abriu o encontro do G20 com um apelo aos líderes reunidos na cidade de Hangzhou para que resistam a pressões protecionistas.
O encontro ocorre no momento em que o sentimento antiglobalização ganha força na Europa e nos EUA, onde o candidato republicano Donald Trump culpa o comércio internacional pelas dificuldades dos trabalhadores.
Xi Jinping afirmou que a economia mundial em uma "encruzilhada crucial". O chinês pediu que seus pares abandonem "conversas vazias" e partam para a ação.
"O protecionismo está aumentando. A economia ainda se recupera e enfrenta diversos riscos e desafios, como baixo crescimento, fraca demanda, menor força do comércio e queda do investimento."
China
Mas uma das ameaças ao livre comércio e à recuperação global é o excesso de capacidade da indústria chinesa, em especial a de aço.
O presidente da Comissão Europeia, Claude Juncker, disse em Hangzhou que Pequim deveria adotar medidas para restringir suas siderúrgicas, que respondem por metade da produção global do setor. "Comércio livre tem de ser comércio justo."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Hangzhou, China - Quatro dias depois do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer fez no domingo, 4, sua estreia no cenário internacional com um discurso no qual exaltou a força das instituições democráticas do Brasil e o histórico de tolerância do país, que nos últimos dias viu protestos contra seu governo.
Em encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo, Temer apresentou sua agenda de reformas e disse que o desafio mais urgente de sua gestão é o ajuste fiscal .
Ecoando a maioria dos integrantes do G20 , o presidente afirmou que o cenário internacional está "repleto de incertezas" que deprimem o crescimento.
Entre elas, Temer mencionou a evolução do preço das commodities, o impacto de políticas monetárias de países desenvolvidos e a volatilidade dos mercados financeiros, além da ameaça do terrorismo.
Os 20 líderes que participam do encontro foram recepcionados pelo presidente chinês, Xi Jinping, que os aguardava em um salão de tapete vermelho decorado com as bandeiras dos países representados no grupo.
Encerrada a fila de cumprimentos, todos se reuniram para a foto oficial. O brasileiro ficou na extrema direita da primeira fila, um pouco isolado dos demais.
Na saída do salão, trocou algumas palavras com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Depois disso, não interagiu com outros líderes na maior parte do trajeto até o local da reunião, apesar de estar acompanhado da tradutora oficial.
Antes da cúpula do G20, Temer participou de reunião dos Brics, ao lado dos líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul. "No Brasil, o caminho do crescimento está sendo reconstruído", afirmou.
Novato no grupo, Temer foi o único mencionado nominalmente pelo anfitrião, Xi Jinping, que cumprimentou o País por realizar a Olimpíada.
As imagens ao lado de chefes de Estado das maiores economias do mundo podem dar impulso ao esforço de Temer de se legitimar perante a opinião pública brasileira.
Nesta segunda-feira, ele teria encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe; da Itália, Matteo Renzi; e da Espanha, Mariano Rajoy.
O presidente chinês abriu o encontro do G20 com um apelo aos líderes reunidos na cidade de Hangzhou para que resistam a pressões protecionistas.
O encontro ocorre no momento em que o sentimento antiglobalização ganha força na Europa e nos EUA, onde o candidato republicano Donald Trump culpa o comércio internacional pelas dificuldades dos trabalhadores.
Xi Jinping afirmou que a economia mundial em uma "encruzilhada crucial". O chinês pediu que seus pares abandonem "conversas vazias" e partam para a ação.
"O protecionismo está aumentando. A economia ainda se recupera e enfrenta diversos riscos e desafios, como baixo crescimento, fraca demanda, menor força do comércio e queda do investimento."
China
Mas uma das ameaças ao livre comércio e à recuperação global é o excesso de capacidade da indústria chinesa, em especial a de aço.
O presidente da Comissão Europeia, Claude Juncker, disse em Hangzhou que Pequim deveria adotar medidas para restringir suas siderúrgicas, que respondem por metade da produção global do setor. "Comércio livre tem de ser comércio justo."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.