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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
O volume total de operações de crédito do sistema financeiro somou 589,8 bilhões de reais em novembro. A cifra é 2,4% maior que a de outubro e 19,5% superior a novembro de 2004. Com isso, a participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) subiu para 30,5%, contra 30,1% em outubro e 26,9% em novembro do ano passado.
De acordo com o Banco Central, a expansão continua refletindo o aumento da demanda das pessoas físicas por recursos para a aquisição de bens duráveis e crédito pessoal. Outra parcela do crescimento deve-se ao aumento das operações com pessoas jurídicas, como os financiamentos liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As operações são divididas em recursos livres fatia que os bancos podem aplicar como quiserem e direcionados, como os créditos rural e habitacional. Os financiamentos livres somaram 394,3 bilhões de reais em novembro, o que significa uma alta de 2,2% sobre outubro e de 21,9% sobre o mesmo mês do ano passado. Dentro desta conta, o maior volume de recursos foi para as empresas 207,5 bilhões, uma expansão de 2,2% no mês e de 15,1% sobre novembro de 2004.
Embora tenham absorvido um volume de crédito menor, 186,8 bilhões de reais, as pessoas físicas continuam apresentando a maior taxa de crescimento das operações: 2,3% sobre outubro e 38,8% sobre novembro do ano passado. Os recursos têm sido aplicados na compra de bens duráveis e no crédito pessoal.
A outra parcela de crédito é o direcionado, que alcançou 195,4 bilhões de reais, com alta de 2,7% no mês e 9,3% no período de 12 meses. O BNDES foi responsável pela maior parte desses recursos 118,6 bilhões, com destaque para as linhas de apoio à exportação. Já o crédito rural, outro componente da conta, atingiu 43,2 bilhões, 2,6% acima do de outubro. O dinheiro foi aplicado, sobretudo, no custeio da safra 2005/2006.
Juros
Embora longe do ideal, os juros cobrados pelas linhas de crédito apresentaram queda em novembro. O custo médio das operações recuou 1,1 ponto percentual, para 47,1% ao ano. Nessa conta, o spread bancário diminuiu 0,5 ponto e somou 29,3%.
As linhas para pessoas físicas apresentaram uma queda ligeiramente maior 1,3 ponto. Com isso, seu custo ficou em 60,4% ao ano. Segundo o Banco Central, trata-se da menor taxa da série histórica, iniciada em junho de 1994.
Já as operações com pessoas jurídicas apresentaram queda de 1 ponto, para 32,4% o menor patamar desde fevereiro. Em algumas modalidades, o recuo foi mais intenso. São os casos do capital de giro e do desconto de duplicatas, com quedas de 3,3 pontos e 2,4 pontos, respectivamente.