Economia

Monitor do PIB da FGV aponta alta de 1,3% em junho ante maio

No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,2% em comparação com os três primeiros meses do ano

PIB: mecanismo mede o crescimento da produção brasileira em determinado período (Getty Images/Getty Images)

PIB: mecanismo mede o crescimento da produção brasileira em determinado período (Getty Images/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de agosto de 2023 às 11h35.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma elevação de 1 3% em junho ante maio, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com junho de 2022, a atividade econômica teve expansão de 2,7% em junho de 2023.

No segundo trimestre de 2023, o PIB cresceu 0,2% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2022, houve crescimento de 2,6% no segundo trimestre de 2023.

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"Após o forte crescimento registrado no 1º trimestre do ano, a atividade econômica mostrou desaceleração no 2º trimestre. Apesar da forte retração registrada pela agropecuária, os modestos crescimentos do setor industrial e de serviços colaboraram para o resultado positivo de 0,2% no 2º trimestre. Em linhas gerais, este resultado mostra uma certa resiliência da economia, que segue em terreno positivo mesmo com grande parte do bônus da agropecuária tendo se reduzido.

Por outro lado, esse fraco crescimento também ilustra a pouca capacidade de reação da economia para crescer de forma mais robusta em um ambiente de baixo investimento, juros altos e elevado grau de endividamento das famílias", afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No segundo trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2022, sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,3%.

"Conforme já destacado em edições anteriores do Monitor, este crescimento tem se reduzido desde o final de 2022. A menor contribuição do consumo de serviços e de produtos não duráveis são as principais razões para essa desaceleração do consumo", apontou a FGV, em nota.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma retração de 2,5% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior. A queda foi explicada pelo desempenho do segmento de máquinas e equipamentos, que caiu pelo sexto trimestre móvel consecutivo.

"A contribuição positiva gerada pelos segmentos da construção e de outros componentes da FBCF não foram suficientes para compensar a forte queda que tem ocorrido no componente de máquinas e equipamentos nacionais, devido principalmente à forte retração do segmento de caminhões, ônibus e relacionados", informou a FGV.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 14,1% no segundo trimestre de 2023, enquanto a importação aumentou 6 8%.

"Praticamente todos os componentes da exportação cresceram no período, contudo apenas dois explicam a maior parte do resultado positivo. As exportações de produtos agropecuários (30,1%) e da extrativa mineral (23,8%) foram responsáveis por cerca de 80% do desempenho positivo das exportações", apontou a FGV.

"As importações de bens de consumo com crescimento de 29,7% e de capital com 18,2% responderam por mais de 60% do crescimento deste componente. Como destaque negativo, tem-se apenas a importação de produtos agropecuários que retraiu 30,8%."

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 5,075 trilhões no primeiro semestre de 2023, em valores correntes.

A taxa de investimento da economia foi de 18,1% no segundo trimestre de 2023.

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