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Argentina discute suspender exportação de carne bovina por 15 dias

Segundo o jornal La Nacion, o governo convocou os produtores de carne para avaliar a medida, mas ainda não há informações oficiais sobre a medida

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Argentina: A decisão acontece após a votação das primárias argentinas, onde o deputado ultraliberal Javier Milei foi o mais votado nas eleições primárias do país (Hispanolistic/Getty Images)

Argentina: A decisão acontece após a votação das primárias argentinas, onde o deputado ultraliberal Javier Milei foi o mais votado nas eleições primárias do país (Hispanolistic/Getty Images)

O governo da Argentina discute nesta terça-feira, 15, suspender as exportações de carne bovina por 15 dias para renegociar os preços praticados pelos frigoríficos locais após a alta na taxa de câmbio do país de mais de 20 pontos percentuais.

Segundo o jornal La Nacion, o governo convocou os produtores de carne para avaliar a medida, mas ainda não há informações oficiais sobre a medida. Veículos de imprensa argentinos afirmam que fontes da alfândega informaram que não haverá licenças de embarque até que um acordo de preço seja alcançado. "Até que haja um acordo, não serão concedidas permissões de exportação", disse em um comunicado. Porém, o secretário de Agricultura do país, Juan José Bahillo, desmentiu a informação.

“Nossa responsabilidade como servidores públicos é trazer segurança aos setores produtivos e tranqüilidade ao povo. Da @Economia_Ar estamos negociando os preços da carne para o mercado interno e não há suspensões nas exportações de carne", escreveu no Twitter.

A decisão, caso seja confirmada, acontece após o Banco Central da Argentina elevar o câmbio oficial de US$ 287,35 para US$ 350, alta de 21,8%. No setor de carnes do país, é esperado que a medida resulte um aumento da carne bovina para consumo interno de até 40%. 

Hoje, os principais produtores de carne argentinos praticam preços segundo o Precios Cuidados, programa do governo que controla o preço de diversos produtos na Argentina, em uma tentativa de conter a inflação no país.

Efeito das primárias?

A decisão acontece após a votação das primárias argentinas, onde o deputado ultraliberal Javier Milei foi o mais votado nas eleições primárias do país e ganhou força na disputa para a Presidência, cujo primeiro turno acontece em 22 de outubro.

O partido de Milei, A Liberdade Avança, teve 30,04% dos votos. A coligação de centro-direita Juntos por el Cambio teve 28.27%, e a aliança governista e de esquerda Unión por la Patria somou 27,27%, segundo dados da apuração oficial, com 97,39% das urnas analisadas.

Milei se define como "anarcocapitalista": defende que o capitalismo funcione sem regulação do Estado. Ele defende mudanças radicais na Argentina, como adotar o dólar como moeda oficial, acabar com o Banco Central e "passar a motoserra" no Estado, para cortar gastos. Também já falou em reforma tributária para reduzir impostos, facilitar o porte de armas e permitir a compra e venda de órgãos humanos.

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