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Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2010 às 08h50.
Madri/Atenas - Os ministros das Finanças europeus discutiram a crise de dívida da Grécia nesta sexta-feira, mas disseram que, por enquanto, Atenas está apenas procurando remover os obstáculos à ativação do pacote de resgate se for necessário, ao invés de pedi-la oficialmente.
Enquanto isso, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, disse ao parlamento que seu governo está aplicando um doloroso plano de austeridade para prevenir que o país afunde, e que qualquer pedido para ativar o auxílio estrangeiro será "baseado no interesse do país".
No último domingo, os ministros das Finanças da zona do euro anunciaram a aprovação de um pacote emergencial de empréstimo que poderia ser usado pela Grécia se necessário e que teria a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI). Seria o primeiro resgate financeiro a um país da zona do euro.
Lutando para refinanciar uma dívida maior que toda sua produção econômica, a Grécia está mais perto de ativar essa ajuda depois ter dito na quinta-feira que quer se reunir com autoridades europeias e com o FMI, que enviará uma equipe em visita ao país na segunda-feira.
"É uma questão de preparar um programa conjunto de condicionalidade e financiamento se for necessário e se for requisitado", disse o comissário europeu de assuntos monetários, Olli Rehn.
Ele participa de uma série de reuniões de ministros das Finanças europeus e de membros de bancos centrais em Madri, onde a Grécia deve avaliar os últimos acontecimentos com os colegas europeus.
"Não há indicações de que a Grécia pedirá ajuda hoje", disse Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente da primeira reunião em Madri nesta sexta-feira, envolvendo ministros dos 16 países da zona do euro e Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE).