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Letta diz que Itália pode crescer sem aumentar dívida

Primeiro-ministro italiano se reuniu com Mariano Rajoy para buscar apoio às propostas para uma nova orientação política na Europa

Primeiro-ministro italiano, Enrico Letta: "é possível criar crescimento sem incorrer em dívidas. Outros países já provaram isso, sei muito bem que é difícil, mas esse é o objetivo", disse (Tony Gentile/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 10h29.

Roma - A Itália pode conseguir uma recuperação econômica sem aumentar sua dívida pública, disse o primeiro-ministro Enrico Letta nesta segunda-feira, antes de reunir-se com seu homólogo espanhol, Mariano Rajoy, para buscar apoio às propostas para uma nova orientação política na Europa.

Dados divulgados na segunda-feira trazem uma ligeira esperança de que a recessão italiana, a mais longa dos últimos 20 anos, pode estar finalmente perdendo força. No entanto, a economia continua com a previsão de encolher fortemente pelo segundo ano consecutivo.

Letta, que comanda uma ampla coalizão direita-esquerda formada após dois meses de impasse político, está sob crescentes pressões para cortar impostos e estimular a economia, mas sem violar os compromissos de austeridade fiscal que a Itália assumiu com outros países da União Europeia.

"É possível criar crescimento sem incorrer em dívidas. Outros países já provaram isso, sei muito bem que é difícil, mas esse é o objetivo", disse Letta a jornalistas em Milão.

"Infelizmente, somos um exemplo concreto de que aumentar a dívida não significa estimular o crescimento, porque em todos esses anos criamos muita dívida sem crescer." Letta vem percorrendo a Europa desde que assumiu o cargo, na semana passada, pedindo que a UE passe a dar mais ênfase ao crescimento do que à austeridade.

Na segunda-feira, ele vai se reunir com o primeiro-ministro espanhol Rajoy. Ele descreveu a Espanha, que tem uma das maiores taxas de desemprego da região, como "um aliado natural para fazer da Europa um continente que preste atenção ao crescimento e aos problemas sociais".

A Itália é há mais de uma década a economia que menos cresce na zona do euro, e sua dívida pública, que no ano passado ficou em 127 por cento do PIB, é a segunda maior de região, atrás da grega.

Domesticamente, Letta está tendo de se equilibrar entre as diferentes demandas dentro do seu governo.

No domingo, o vice-ministro da Economia, Stefano Fassina, entrou em rota de colisão com o premiê ao declarar que a Itália deveria permitir que seu déficit cresça neste ano, e pedir à UE que conceda dois anos adicionais no seu prazo para que o país limite seu déficit a 3 por cento do PIB.

Fassina, do Partido Democrático, de centro-esquerda (o mesmo de Letta), ecoou apelos semelhantes do líder centro-direitista Silvio Berlusconi, e contradisse o ministro da Economia, Fabrizio Saccomanni, que descartou na semana passada qualquer renegociação das metas orçamentárias italianas.

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Dados divulgados na segunda-feira trazem uma ligeira esperança de que a recessão italiana, a mais longa dos últimos 20 anos, pode estar finalmente perdendo força. No entanto, a economia continua com a previsão de encolher fortemente pelo segundo ano consecutivo.

Letta, que comanda uma ampla coalizão direita-esquerda formada após dois meses de impasse político, está sob crescentes pressões para cortar impostos e estimular a economia, mas sem violar os compromissos de austeridade fiscal que a Itália assumiu com outros países da União Europeia.

"É possível criar crescimento sem incorrer em dívidas. Outros países já provaram isso, sei muito bem que é difícil, mas esse é o objetivo", disse Letta a jornalistas em Milão.

"Infelizmente, somos um exemplo concreto de que aumentar a dívida não significa estimular o crescimento, porque em todos esses anos criamos muita dívida sem crescer." Letta vem percorrendo a Europa desde que assumiu o cargo, na semana passada, pedindo que a UE passe a dar mais ênfase ao crescimento do que à austeridade.

Na segunda-feira, ele vai se reunir com o primeiro-ministro espanhol Rajoy. Ele descreveu a Espanha, que tem uma das maiores taxas de desemprego da região, como "um aliado natural para fazer da Europa um continente que preste atenção ao crescimento e aos problemas sociais".

A Itália é há mais de uma década a economia que menos cresce na zona do euro, e sua dívida pública, que no ano passado ficou em 127 por cento do PIB, é a segunda maior de região, atrás da grega.

Domesticamente, Letta está tendo de se equilibrar entre as diferentes demandas dentro do seu governo.

No domingo, o vice-ministro da Economia, Stefano Fassina, entrou em rota de colisão com o premiê ao declarar que a Itália deveria permitir que seu déficit cresça neste ano, e pedir à UE que conceda dois anos adicionais no seu prazo para que o país limite seu déficit a 3 por cento do PIB.

Fassina, do Partido Democrático, de centro-esquerda (o mesmo de Letta), ecoou apelos semelhantes do líder centro-direitista Silvio Berlusconi, e contradisse o ministro da Economia, Fabrizio Saccomanni, que descartou na semana passada qualquer renegociação das metas orçamentárias italianas.

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