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Inflação vai a 0,52% em julho e registra 8,74% em 12 meses

A taxa acumulada dos últimos 12 meses segue acima da meta do governo de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).

Homem e mulher empurram carrinho no supermercado: inflação continua doendo no bolso do brasileiro (Thinkstock)

João Pedro Caleiro

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 09h32.

São Paulo - Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), a inflação no Brasil foi de 0,52% em julho, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

É mais do que o registrado em junho (0,35%), mas menos do que julho do ano passado (0,62%).

A taxa acumulada dos últimos 12 meses ficou em 8,74%, levemente abaixo dos 8,84% nos 12 meses imediatamente anteriores, o que indica trajetória de queda.

Ainda assim, o número segue bem acima da meta do governo - estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).

A meta já foi estourada mesmo se for considerado apenas a inflação acumulada nos 7 primeiros meses de 2016 (4,96%).

Dos 9 grupos monitorados pelo IBGE, 4 tiveram alta em relação ao mês anterior. "Alimentação e Bebidas", com 65% de participação na taxa, teve a maior alta para o mês de julho desde o ano 2000.

O aumento de 17,58% no leite contribuiu sozinho com 0,19 ponto percentual na taxa final, seguido pelo feijão carioca, com alta de 32,42% e impacto de 0,13 ponto percentual.

Transportes, o grupo de maior peso depois da alimentação, foi de uma taxa negativa de 0,53% em junho para uma alta forte de 0,40% em julho, com impacto de 0,07 ponto percentual no índice final.

Houve pressão de itens como passagem aérea (alta de 19,22%), ônibus interestadual (alta de 8,21%) e pedágio (alta de 3,99%).

Em relação a junho, também aceleraram os grupos de Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,70%) e Artigos de Residência (de 0,26% para 0,53%).

Três grupos desaceleraram: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,83% para 0,61%), Educação (de 0,11% para 0,04%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%).

Habitação (de 0,63% para -0,29%) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%) mostraram-se em queda. No caso da Habitação, houve influência de uma queda de 3,04% nas contas de energia elétrica.

A queda foi ainda maior em cidades como Curitiba (11,17%, após redução de 13,83% nas tarifas) e São Paulo (queda de 5,74% no preço após redução de 7,30% nas tarifas).

GrupoVariação JunhoVariação Julho
Índice Geral0,35%0,52%
Alimentação e Bebidas0,71%1,32%
Habitação0,63%-0,29%
Artigos de Residência0,26%0,53%
Vestuário0,32%-0,38%
Transportes-0,53%0,40%
Saúde e cuidados pessoais0,83%0,61%
Despesas pessoais0,35%0,70%
Educação0,11%0,04%
Comunicação0,04%0,02%

.

GrupoImpacto Junho (p.p.)Impacto Julho (p.p.)
Índice Geral0,350,52
Alimentação e Bebidas0,180,34
Habitação0,10-0,04
Artigos de Residência0,010,02
Vestuário0,02-0,02
Transportes-0,100,07
Saúde e cuidados pessoais0,090,07
Despesas pessoais0,040,08
Educação0,010,00
Comunicação0,000,00

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São Paulo - Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), a inflação no Brasil foi de 0,52% em julho, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

É mais do que o registrado em junho (0,35%), mas menos do que julho do ano passado (0,62%).

A taxa acumulada dos últimos 12 meses ficou em 8,74%, levemente abaixo dos 8,84% nos 12 meses imediatamente anteriores, o que indica trajetória de queda.

Ainda assim, o número segue bem acima da meta do governo - estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).

A meta já foi estourada mesmo se for considerado apenas a inflação acumulada nos 7 primeiros meses de 2016 (4,96%).

Dos 9 grupos monitorados pelo IBGE, 4 tiveram alta em relação ao mês anterior. "Alimentação e Bebidas", com 65% de participação na taxa, teve a maior alta para o mês de julho desde o ano 2000.

O aumento de 17,58% no leite contribuiu sozinho com 0,19 ponto percentual na taxa final, seguido pelo feijão carioca, com alta de 32,42% e impacto de 0,13 ponto percentual.

Transportes, o grupo de maior peso depois da alimentação, foi de uma taxa negativa de 0,53% em junho para uma alta forte de 0,40% em julho, com impacto de 0,07 ponto percentual no índice final.

Houve pressão de itens como passagem aérea (alta de 19,22%), ônibus interestadual (alta de 8,21%) e pedágio (alta de 3,99%).

Em relação a junho, também aceleraram os grupos de Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,70%) e Artigos de Residência (de 0,26% para 0,53%).

Três grupos desaceleraram: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,83% para 0,61%), Educação (de 0,11% para 0,04%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%).

Habitação (de 0,63% para -0,29%) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%) mostraram-se em queda. No caso da Habitação, houve influência de uma queda de 3,04% nas contas de energia elétrica.

A queda foi ainda maior em cidades como Curitiba (11,17%, após redução de 13,83% nas tarifas) e São Paulo (queda de 5,74% no preço após redução de 7,30% nas tarifas).

GrupoVariação JunhoVariação Julho
Índice Geral0,35%0,52%
Alimentação e Bebidas0,71%1,32%
Habitação0,63%-0,29%
Artigos de Residência0,26%0,53%
Vestuário0,32%-0,38%
Transportes-0,53%0,40%
Saúde e cuidados pessoais0,83%0,61%
Despesas pessoais0,35%0,70%
Educação0,11%0,04%
Comunicação0,04%0,02%

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GrupoImpacto Junho (p.p.)Impacto Julho (p.p.)
Índice Geral0,350,52
Alimentação e Bebidas0,180,34
Habitação0,10-0,04
Artigos de Residência0,010,02
Vestuário0,02-0,02
Transportes-0,100,07
Saúde e cuidados pessoais0,090,07
Despesas pessoais0,040,08
Educação0,010,00
Comunicação0,000,00
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