Índice de emprego da FGV sobe 0,3 ponto em setembro
Para economista da instituição, resultado sugere continuidade da recuperação gradual do mercado de trabalho nos próximos meses
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de outubro de 2019 às 10h02.
São Paulo — O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,3 ponto na passagem de agosto para setembro, para 87,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas ( FGV ) nesta segunda-feira, 7. Em médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 0,2 ponto, a segunda elevação consecutiva.
"A suave alta em setembro compensa a queda observada no mês anterior e mantém o indicador na trajetória positiva, atingindo o maior nível desde abril de 2019. O resultado sugere continuidade da recuperação gradual do mercado de trabalho nos próximos meses, e mostra que ainda há um longo caminho pela frente", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,6 ponto em setembro ante agosto, para 92,9 pontos. "O ICD voltou a registrar resultado favorável em setembro após um tropeço em agosto. Apesar do bom resultado no mês, o patamar elevado do indicador sugere que a melhora na taxa de desemprego deve continuar devagar", completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
No IAEmp, cinco dos sete componentes registraram avanços em setembro, com destaque para o Indicador de Tendência dos Negócios para os próximos seis meses do setor de Serviços, que subiu 3,0 pontos.
No ICD, o recuo foi puxado pelas famílias com renda mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 (-3,7 pontos) e de R$ 4.800.00 a R$ 9.600.00 (-1,8 pontos).