Economia

Inadimplência do consumidor subiu 11,0% em julho

O fim dos feriados e algumas paralisações ocorridas em junho devido à Copa do Mundo também tiveram impacto sobre o resultado da inadimplência no mês passado


	Dívidas: cenário econômico é principal motivo para o aumento do atraso nos pagamentos
 (Getty Images)

Dívidas: cenário econômico é principal motivo para o aumento do atraso nos pagamentos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 10h36.

São Paulo - O indicador de inadimplência do consumidor da Serasa Experian avançou 11,0% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a junho, a alta foi de 4,0%. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a inadimplência entre os consumidores cresceu 0,6%, ante o mesmo período de 2013.

O cenário econômico é apontado como motivo para o aumento moderado do atraso nos pagamentos, segundo economistas da Serasa Experian, que destacam "juros altos, inflação em termos anuais próxima do teto superior da banda (6,5%) e enfraquecimento do mercado de trabalho".

O fim dos feriados e algumas paralisações ocorridas em junho devido à Copa do Mundo também tiveram impacto sobre o resultado da inadimplência no mês passado, especialmente no âmbito dos cheques devolvidos e títulos protestados, que registraram as maiores variações.

Na margem, os títulos protestados, com alta de 21,2%, foram os principais responsáveis pelo avanço do indicador. Os cheques sem fundos avançaram 11,6% e as dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo - apresentaram elevação de 6,1%, em julho ante junho.

A menor alta registrada foi no número de dívidas junto aos bancos, com incremento de 0,3% na comparação mensal.

O valor médio das dívidas com os bancos caiu 6,8% no acumulado dos sete meses de 2014 sobre mesmo período do ano anterior, para R$ 1.263,80.

Já a inadimplência não bancária subiu 14,1% em valor entre os períodos, para R$ 367,05, em média. O valor médio dos cheques sem fundo subiu 4,6%, para R$ 1.702,13, e o dos títulos protestados avançou 3,1%, a R$ 1.435,24, segundo a Serasa Experrian.

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