Economia

Governo central tem 1º superávit primário desde abril

O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 5,19 bilhões em outubro

Superávit: o acumulado de 12 meses continuou no vermelho (Vinicius Tupinamba/Thinkstock)

Superávit: o acumulado de 12 meses continuou no vermelho (Vinicius Tupinamba/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 15h34.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 16h06.

Brasília - O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 5,191 bilhões de reais em outubro, resultado acima do esperado e ajudado pela receita extraordinária com a renegociação tributária, no primeiro resultado positivo desde abril.

O dado também superou a expectativa de analistas de superávit de 3,9 bilhões de reais no mês, segundo pesquisa Reuters.

No entanto, informou o Tesouro nesta terça-feira, o saldo em 12 meses continuou no vermelho, com déficit de 207,3 bilhões de reais, ainda longe da meta do governo para 2017 de rombo primário de 159 bilhões de reais.

A última vez que o governo central havia conseguido fazer economia para pagar juros da dívida pública foi em abril, com superávit primário de 12,57 bilhões de reais, após fazer forte cortes nos gastos discricionários.

Em outubro, Tesouro e BC somaram juntos superávit primário de 18,994 bilhões de reais, enquanto a Previdência seguiu no vermelho, com déficit de 13,803 bilhões de reais.

No geral, no mês passado as receitas líquidas do governo central sofreram queda real (descontada a inflação) de 23,9 por cento, a 103,249 bilhões de reais, sobre outubro de 2016. Apesar da perda, informou o Tesouro, em outubro passado as receitas foram influenciadas sobretudo pelos 5 bilhões de reais vindos com a renegociação tributária, conhecido como Refis.

Também ajudaram a maior arrecadação com PIS/Cofins combustíveis após o aumento de impostos neste ano, de 2,8 bilhões de reais, ante 1,2 bilhão de reais em outubro de 2016.

Também houve a injeção de 1,1 bilhão de reais em mais precatórios não sacados.Já as despesas totais subiram 4,7 por cento, também descontada a inflação, a 98,058 bilhões de reais no mês passado, impactadas sobretudo pelo aumento dos desembolsos com a Previdência, de 3,4 bilhões de reais.

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