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Governabilidade exige PEC do teto, diz Giannetti

Para economista, governo Temer usou a interinidade como um álibi para ser menos agressivo com ajuste fiscal. Com a aprovação do impeachment, quadro muda

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	Giannetti: para economista, aprovação do impeachment elimina "álibi" do governo Temer para ser pouco agressivo com ajuste fiscal
 (Raphael Martins/EXAME.com)

Giannetti: para economista, aprovação do impeachment elimina "álibi" do governo Temer para ser pouco agressivo com ajuste fiscal (Raphael Martins/EXAME.com)

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Gustavo Porto

Publicado em 27 de agosto de 2016 às, 11h36.

Ribeirão Preto - O economista Eduardo Giannetti disse, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o grande sinalizador do governo Michel Temer (PMDB), após a ratificação dele no cargo de presidente da República, será a aprovação, até o final deste ano, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos para o ano corrente à inflação do anterior. Para Giannetti, caso o projeto não seja aprovado a tempo para ser implementado em 2017, o cenário de crise se complicará muito e a governabilidade de Temer estará ameaçada.

"O governo Michel Temer usou a interinidade como um álibi para não ser mais incisivo e agressivo no início do ajuste fiscal. Com a aprovação do impeachment, acabou o álibi, o tempo começa a correr e vai ser um enorme desapontamento se não votarem a PEC até o final deste ano", afirmou o economista. "Se perder o timing, o quadro brasileiro complica bastante, inclusive para a governabilidade de Temer até 2018", completou Giannetti, que participou de um seminário em Ribeirão Preto.

Gastos

A aprovação da PEC dos gastos públicos passa ainda, na avaliação de Giannetti, por um detalhamento de propostas. Segundo ele é preciso definir se o teto para Saúde será estabelecido pela soma da inflação com as despesas deste ano, marcado por uma forte queda na receita, ou se seria estudada uma alternativa parar evitar que o setor sofra com investimentos baixos em 2017.

"Outra questão é o enquadramento do Judiciário, já que esse poder não terá como cumprir o aumento do gasto em termos reais nos próximos anos porque está contratado (aumentos já concedidos) e não tem investimento e custeio relevantes para cortar", explicou.

Giannetti disse que Temer deve levar adiante as reformas da Previdência e a política de concessões e privatizações. Indagado se o PSDB poderá deixar o governo caso os reajustes do funcionalismo prosperem, o economista avalia que isso não vai ocorrer e que o governo não concederá os aumentos. "Acredito no discurso da equipe econômica", afirmou.

Para Giannetti, o grande risco para o governo Temer é político, com o eventual surgimento de um fato novo nas investigações da Operação Lava Jato que atinja a cúpula do governo e de seu partido, o PMDB. "São duas ameaças: a delação acertada do (empresário) Marcelo Odebrecht e o desenrolar do caso do deputado Eduardo Cunha, que pode caminhar em uma situação muito perigosa ao governo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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