Posto de combustível (foto de arquivo): gasolina vendida perto de R$ 9 em alguns postos (Buda Mendes/Getty Images)
Carolina Riveira
Publicado em 21 de junho de 2022 às 15h57.
Última atualização em 21 de junho de 2022 às 16h22.
A escalada dos preços dos combustíveis continua Brasil afora. Nova edição do levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta terça-feira, 21, mostrou que a gasolina comum chegou a ser vendida a R$ 8,99 na última semana.
Esse preço máximo encontrado (entre mais de 5.500 postos que fizeram parte da amostra) foi na região Sudeste. Em média, a gasolina comum foi vendida no Brasil a R$ 7,23/litro.
Os dados dizem respeito ao período entre domingo, 12 de junho, e sábado, 18 de junho. A semana ainda não inclui totalmente o aumento dos preços nas refinarias da Petrobras, que passou a valer exatamente no último dia 18, tendo sido anunciado no dia anterior.
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O valor da gasolina na semana passada está entre os maiores máximos já registrados neste ano. Só perde para a semana até 7 de maio, quando o preço de R$ 8,99 também foi o máximo encontrado (em valor sem inflação do período corrigida).
Além da gasolina, outros combustíveis também continuam em patamares altos.
Na semana passada, a Petrobras aumentou o preço da gasolina em 5% em suas refinarias (que respondem por cerca de 80% do vendido no Brasil), e em 14% para o diesel (no qual a Petrobras fornece 70%). O GLP, usado no gás de botijão, continuou inalterado.
Os impactos devem ser sentidos sobretudo a partir desta semana.
Antes disso, a petroleira havia passado mais de três meses sem reajustar a gasolina, cuja última alta havia sido em março, e mais de um mês desde o último aumento do diesel, em maio.
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Além do valor nas refinarias da Petrobras - que é afetado pelo preço dos insumos no mercado internacional -, o preço final depende de impostos, custos e lucro ao longo da cadeia de distribuição.
Os preços da semana também são anteriores às mudanças feitas pelo governo federal e o Congresso na cobrança de ICMS, que passará a ter alíquota máxima de 17% em todos os estados.
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Atualmente, a alíquota varia e pode passar de 25% em alguns lugares. Após o mesmo projeto, a gasolina, como já ocorria com o diesel, também passará a ser isenta de tributos federais. O texto aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro, o que deve ocorrer em breve.
O objetivo do Planalto é que a medida ajude a baratear os combustíveis, em meio aos impactos da alta na inflação e na popularidade do governo às vésperas da eleição. Críticos da proposta, por sua vez, afirma que o custo da redução de ICMS será alto ao caixa de estados e municípios, tirando recursos de serviços como saúde, educação e segurança para subsidiar a gasolina, e com pouco impacto significativo nos preços finais diante da volatilidade internacional.