Economia

Focus ignora preços administrados e diminui projeção de inflação

Apesar do aumento nas contas para os preços administrados, alta do IPCA em 2017 foi calculada agora em 3,06%, de 3,09% no levantamento anterior

BC: para 2018, o ajuste foi de 0,01 ponto percentual para baixo, a 4,02 por cento (Adriano Machado/Reuters)

BC: para 2018, o ajuste foi de 0,01 ponto percentual para baixo, a 4,02 por cento (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 09h22.

São Paulo - O mercado ajustou para baixo a expectativa para a inflação neste ano e no próximo apesar do aumento nas projeções para os preços administrados, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

A alta do IPCA em 2017 foi calculada agora em 3,06 por cento, de 3,09 por cento no levantamento anterior. Para 2018, o ajuste foi de 0,01 ponto percentual para baixo, a 4,02 por cento.

A meta de inflação para ambos os anos é de 4,5 por cento com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A redução acontece apesar do aumento nas contas para os preços administrados. Para este ano, a projeção para esse grupo subiu a 7,90 por cento, de 7,55 por cento, enquanto que para o próximo a alta foi de 0,10 ponto percentual, a 4,90 por cento.

Em novembro, o recuo dos preços dos alimentos ajudou o IPCA-15 a subir 0,32 por cento, menos do que o esperado, compensando a pressão exercida pela energia elétrica.

A fraqueza da inflação favorece a continuidade do afrouxamento monetário e os economistas consultados continuam vendo corte de 0,5 ponto percentual na Selic na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária, levando a Selic a terminar o ano em 7 por cento, patamar em que deve encerrar também 2018.

Após reduzir a Selic a 7,5 por cento em outubro, o BC optou por não dar pistas sobre suas decisões futuras e manter o cenário aberto para agir conforme o panorama do momento, deixando a porta aberta para mais reduções.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 7 por cento este ano, mas continua calculando a taxa a 6,5 por cento no fim de 2018.

Para a economia, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) continuou sendo calculado em 0,73 por cento este ano, enquanto que para 2018 melhorou a 2,58 por cento.

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